29 Outubro 2015
Desde que anunciou seus planos para entrar no mercado móvel, a Nintendo foi cercada de alguns rumores, alguns dos quais já desmentiu, como por exemplo sobre o Nintendo NX ser lançado para Android. Alguns dos planos da companhia não foram concretizados e em alguns casos não passam de especulações.
A Nintendo não tem revelado muito de suas ideias para o futuro no mercado móvel, mas uma informação curiosa obtida a partir de uma reunião de acionistas, afirma que CEO Satoru Iwata revelou um aspecto do seu plano de para smartphones. Ele quer se distanciar da imagem negativa de "free-to-play" e em vez disso adotar um modelo de negócios "free-to-start". Para os que se lembram da época dos jogos demoware ou shareware, é exatamente isso o que significa.
Como qualquer usuários que já experimentou alguns jogos provavelmente já sabe, existem três modelos predominantes no mercado. O premium é aquele em que os títulos são vendidos por um preço fixo, geralmente sem nenhuma compra in-app. O outro modelo, no extremo oposto, são os jogos gratuitos, ou free-to-play, que disponibilizam todos os recursos gratuitamente. O modelo que permanece entre esses dois é o freemium, que é gratuito mas oferece diversas vantagens para quem paga por recursos adicionais.
Esse último modelo acumulou ao longo do tempo uma imagem negativa entre os jogadores que, por diversas verses, consideraram o sistema injusto. Além disso, a maioria é de uma qualidade dúbia, o que geralmente causa desconfiança de muitos, e diversos títulos acabam se tornando obsoletos ou esquecidos. A Nintendo não quer ser associada com jogos desse tipo, que também são notórios em suas tentativas óbvias de caçar niqueis dos jogadores.
Por outro lado, a companhia também considera os jogos premium fora de questão, já que para Iwata, esse modelo não está indo muito bem no mercado e seu preço costuma ser muito elevado.
Portanto, o plano da Nintendo é aquilo que Iwata quer chamar de free-to-start. O jogador está livre para começar a jogatina durante as primeiras partes do jogo sem qualquer limitação. Mas se quiser avançar para a final ou obter algumas vantagens, então terá que obter a "versão completa". Em outras palavras, é basicamente uma versão diferente para o modelo freemium, mas ao invés de fornecer mais recursos para quem paga, ele coloca um empecilho na progressão. É uma mudança sutil, mas é um jogo de palavras que poderia colocar a Nintendo livre de processos judiciais, uma vez que o modelo de negócios não significa que o jogo está realmente "livre para jogar", mas apenas "livre para começar".
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