31 Julho 2015
Qualcomm estaria planejando demitir quatro mil funcionários nos próximos meses a fim de iniciar um processo de reestruturação. A fabricante de chipsets sediada nos Estados Unidos da América ainda busca se recuperar do fardo causado pelo insucesso de seu produto mais recente, Snapdragon 810, obrigando a tomar medidas drásticas em relação ao seu corpo de empregados. Entretanto, por mais que possa parecer, a situação de sua infraestrutura e finanças não está ameaçada, portanto a demissão em massa seria apenas uma forma mais rápida de alcançar a estabilidade apresentada nos anos passados.
No final de 2014, Qualcomm já realizou a liberação formal de 600 membros de sua equipe espalhada em nível global. Caso os 4 mil funcionários realmente sejam desativados, será a maior demissão em massa já feita pela empresa estadunidense. Com a Samsung fora da lista de parceiras na construção de smartphones de elite, justamente causada pelos problemas apresentados pela arquitetura superaquecida do Snapdragon 810, o impacto financeiro está sendo sentido após meses da estreia oficial do chipset no mercado, resultando em uma baixa demanda e redução da fatia econômica com a forte pressão da MediaTek e outras marcas.
Mesmo assim, as patentes detidas pela Qualcomm fornecem a devida segurança à companhia dos Estados Unidos, visto que o licenciamento e os direitos autorais geram bilhões de dólares de lucro à mesma, sem precisar produzir uma única unidade de chipsets. Sabendo disso, liberar os milhares de empregados faria parte de uma reestruturação e reorganização "simples", pois a ação é comum quando uma grande corporação sofre um declínio notável. Nada de pensar que a criadora da família Snapdragon de partes internas está indo para a fila de falência. Essa é a hora para se pensar no Snapdragon 820.
Snapdragon 820 teria como base a arquitetura própria da Qualcomm, Kyro, portando oito núcleos com clock máximo de 3,0 GHz, além de uma placa gráfica tão poderosa quanto. A fabricante norte-americana teria a missão de provar a superação dos problemas enfrentados pelo Snapdragon 810 ao lançar o sucessor do chipset, se esforçando, ao mesmo tempo, para enfrentar a investigação de antitruste na Europa e na China, que já a obrigaram a pagar bilhões de dólares por violações. Estima-se que o componente renovado chegue ao mercado em meados de março de 2016. Até lá, as altas temperaturas ainda persistem.
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