11 Novembro 2015
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o aplicativo de transporte urbano Uber precisa de regulamentação no Brasil, afirmando que a companhia norte-americana contribui para o desemprego. Apesar disso, a presidente falou que a regulamentação do app não depende efetivamente da união e que a questão tem de ser resolvidas pelas prefeituras das cidades.
O TudoCelular já colocou sua posição sobre esta polêmica de forma clara, em um longo artigo que pesa as vantagens e desvantagens do serviço. Sabemos que o caso continua a figurar em todos os jornais desde o início deste ano, com as prefeituras e as câmaras municipais se posicionando de forma diferente.
A presidente decidiu falar sobre transportes alternativos. É a primeira vez que se refere ao assunto, ainda que Dilma tenha salvado o Uber a usar o seu veto em uma lei que iria criminalizá-lo. Segundo a presidente os impactos da tecnologia sempre vão provocar impactos nas profissões existentes e citou exemplo de seu avô. "A tecnologia sempre produziu isso no mundo. Meu avô era seleiro, você imagina o que aconteceu com emprego dele quando apareceram os carros. A vida é assim", concluiu.
A presidente citou os carros do governo e disse que o Executivo está utilizando um aplicativo similar ao Uber que permite uma gestão eficiente dos carros oficiais, o que exige menos veículos. "Um dos exemplos que se cita para explicar, mas não é igual ao Uber."
"É uma polêmica. Eu acho que [o Uber] é complexo porque tira emprego de muitas pessoas. Depende de regulamentação de cada estado porque não é a União que decide isso. Ele tira taxista do emprego. Acho que tem que ter posição ponderada.", afirmou Dilma em uma entrevista concedida após uma cerimônia no Palácio do Planalto.
Apesar de ter vetado a lei que criminaliza o Uber, Dilma afirmou que a atividade legal do Uber dependerá da regulamentação em cada cidade, o que coloca o peso da decisão em outras instâncias do governo.
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