06 Março 2018
A paisagem do mercado de automóveis está claramente sendo mudada com veículos elétricos substituindo os carros movidos a gás, com as funções autônomas potencialmente substituindo motoristas, e a entrada de nomes como a Apple e o Google na indústria de carros. Apesar de tudo, a Porsche não quer fazer parte deste futuro, afirma o CEO Oliver Blume. Segundo uma reportagem para a Reuter, Blume disse nesta semana que essencialmente um Porsche é feito para ser dirigido, e que um smartphone só tem um lugar ideal no carro, o bolso de seu motorista.
"As pessoas querem conduzir um Porsche por si mesmo", disse Blume em entrevista ao jornal regional Westfalen-Blatt publicada na segunda-feira. "Um iPhone pertence em seu bolso, não na estrada", acrescentou Blume, dizendo que a Porsche não tinha necessidade de juntar-se com quaisquer grandes empresas de tecnologia.
Para Blume a empresa deve abraçar a natureza de carros de alto desempenho, que são a tradição da Porsche, acreditando que sempre haverá espaço e mercado para eles. A verdade é que a empresa está correta e como ela não depende nem um pouco da venda de carros populares, tendo sempre se dedicado a um mercado restrito e de elite, certamente ela será bem menos impactada por essas mudanças como empresas como a Fiat.
Apesar de tudo, achar que o lugar de um celular em um carro é no bolso do motorista parece ser querer realmente se recusar a olhar para o futuro. Já temos hoje dezenas de carros manuais que ganham muitas vantagens ao ser pareados com os celulares de seus motoristas. Fora é claro, que a evidências mostram que veículos autônomos são mais seguros do que os condutores humanos (o que não é difícil de acreditar). Com a Tesla e a Google liderando o caminho a se seguir nessa arena no momento.
O que você acha? Um Porsche não é um Porsche quando você não está totalmente no controle do volante? Os recursos autônomos vão ser uma parte de todos os carros no futuro?
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