Google 03 Jun
A indústria da música está se preparando para uma guerra contra o YouTube e Taylor Swift será uma de suas aliadas. A cantora que já foi tratada pela Apple como porta-voz da comunidade criativa estará ao lado do U2 e mais dezenas de músicos que colocaram seus nomes em uma carta aberta ao Congresso.
Essa carta exige dos legisladores que reescrevam a legislação usada pelo YouTube e outras plataformas web. Eles mencionam que esses serviços que oferecem músicas ameaçam a viabilidade dos compositores e cantores de sobreviver. A lei em questão é o Digital Millennium Copyright Act, de 1998, que regula a forma como as grandes empresas de internet podem usar o material enviado por upload por seus usuários.
Apesar da lei valer para qualquer plataforma, o alvo dessa vez é de fato o YouTube, que por sua vez alega que seu serviço gera bilhões à indústria da música, ao contrário da pirataria. Uma questão importante nessa disputa é que todas as grandes gravadoras estão em discussões para renovar seus acordos de licenciamento com o YouTube.
Embora seja muito parecida com outras batalhas judiciais desse tipo, essa tem um diferencial importante. É a primeira vez que artistas de peso e as grandes gravadoras se unem em um mesmo esforço contra o YouTube.
Isso sugere que caso os legisladores não reformulem o DMCA tão cedo - o que pode mesmo demorar uma vez que eles estarão ocupados com outras tarefas em um ano eleitoral - e o YouTube não ceder as concessões que a indústria quer, então as gravadoras podem não renovar os acordos e cessar de autorizar as músicas na plataforma. Isso é o que acredita Irving Azoff, o organizador da carta.
"Se você é uma das grandes gravadoras e você continuar a fazer negócios com o YouTube, da forma que tem sido atualmente, isso será negativo para todas as pessoas que assinaram a carta. Eu ficaria chocado, depois de apoiar todos esses artistas em uma carta ao Congresso, [se] essas grandes gravadoras dessem meia volta e fizessem voluntariamente prorrogações [do acordo atual] para o YouTube.
Muitos acreditam que trata-se de apenas uma maneira de forçar uma negociação em outros termos com o YouTube. Para Azoff, "esta não é uma disputa de taxas. É muito mais profundo".
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