Android 18 Mai
Com o episódio do Galaxy Note 7, a indústria redobrou a atenção e muitas empresas começaram a analisar seus próprios processos de fabricação. Ainda mais porque outras marcas também tiveram vários casos de smartphones pegando fogo. Mas pelo menos uma fabricante parece se garantir e manter seu processo intocável.
"Absolutamente não", disse Russ Gyenes, da Motorola, quando perguntado se sua empresa fez alguma mudança após o problema do Note 7. Gyenes é engenheiro que se concentra em baterias, e falava a um grupo de jornalistas na terça-feira.
Para consertar a sua imagem, a Samsung começou a fazer uma verificação de bateria de oito pontos, e compartilhou o processo com a indústria na esperança de aumentar os padrões em todos os lugares. Quando perguntado sobre esse novo teste da Samsung, Gyenes sorriu.
"Olhei para aquela verificação de oito pontos", disse ele. "Por que eles não estavam fazendo isso antes?"
Gyenes disse que a Motorola, uma unidade da gigante chinesa de tecnologia Lenovo, teria encontrado os problemas das baterias do Note 7 desde o início, porque a empresa olha para o processo a partir do nível de construção de células individuais, ou bem antes de as baterias serem produzidas em massa.
Ela também realiza verificações de raios X em processos de fornecedores e tem uma auditoria com 118 perguntas que seu parceiro fabricante de baterias deve responder. Errar em uma das etapas, resulta em falha em todo o processo.
Gyenes sugeriu ainda que a introdução desse processo de verificação de oito pontos da Samsung era mais uma "campanha de marketing". A Samsung, por sua vez, disse que o novo processo não foi posto em prática para impedir incidentes futuros como o do Note 7, e sim foi mais holístico.
Isso soa como se a Motorola estivesse tentando ganhar com o incidente do Note 7, mas Gyenes disse que está ansioso para falar sobre isso há muito tempo.
"Eu estive nos bastidores há anos perguntando por que não podemos vender segurança", disse ele.
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