17 Fevereiro 2014
Quando a Microsoft apertou a mão da Nokia, em 2011, mostrando que havia uma parceria bastante duradoura nascendo ali, muita gente - inclusive eu - perguntou: "não poderia ser o Android, que já está crescido e mais maduro do que o Windows Phone?" Pois bem, Stephen Elop, CEO da Nokia, explicou que a decisão veio de um receio de dificuldades na hora de bater de frente com o maior concorrente de qualquer fabricante que utiliza o Android, que é a Samsung.
Stephen Elop
De acordo com uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, Elop diz não estar arrependido pela escolha que fez, deixando o sistema operacional móvel do Google de lado e trazendo Steve Ballmer para mais perto da Finlândia. "O que nos preocupava, alguns anos atrás, era o alto risco de uma empresa pudesse dominar o Android", disse o executivo. Elop não deu nenhum nome, mas ficou muito claro que a Samsung estava tirando o sono da Nokia, influenciando para uma plataforma que ainda não tinha encontrado um nome bastante importante para levar, que é o Windows Phone.
"Hoje, dê uma olhada no ecossistema do Android, e há uma série de bons aparelhos de várias empresas diferentes, mas uma delas tornou-se o player dominante", completou. Por fim, o executivo comentou que a Nokia estava preocupada em ter uma forma veloz de subida ao topo novamente, o que não aconteceria facilmente no Android.
Outra vantagem competitiva do Windows Phone, segundo o CEO, foi a entrada de uma terceira plataforma para negociação com operadoras do mundo todo, principalmente com a AT&T nos Estados Unidos. Olhando por este escopo, a decisão da Nokia não foi tão estranha assim. Mas, de qualquer forma, ainda acredito que a tecnologia de imagem de seus produtos (ninguém, hoje, bate o PureView) e a qualidade da construção do hardware dos Lumias mais parrudos, fariam uma diferença crucial contra a Samsung e seus smartphones de plástico. Principalmente quando a Nokia tinha um nome muito mais forte na indústria de celulares, do que qualquer outra empresa. [BGR]
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