11 Maio 2016
O sinal de internet 4G no Brasil pode não ser o ideal para muita gente, mas pode melhorar consideravelmente nos próximos anos. Ao menos é o que pretende a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que já prevê o leilão de novas faixas do espectro eletromagnético para operadoras.
A intenção é dobrar a frequência disponível para as redes de alta velocidade, passando dos atuais 897 Mhz para até 1.600 Mhz, por meio da oferta da faixa dos 1,5 GHz.
Além disso, a Agência deve retomar a discussão ainda 2016 sobre a faixa dos 3,5 Ghz, que acabou ficando de lado no último leilão de sobras. Segundo o gerente geral geral de espectro, órbita e radiodifusão do órgão, Agostinho Linhares, é preciso ter cautela na análise de viabilidade.
A faixa tem que ser utilizada, mas garantindo a convivência com serviços existentes. Não existe previsão de rearranjo de frequência. O uso iria para TDD, com venda de blocos de 5 Mhz por 5 MHz, que podem ser agregados. Sempre garantindo a proteção dos serviços pré-existentes.
Por serviços pré-existentes, o executivo se refere ao funcionamento de satélites, que pode ser prejudicado caso a faixa dos 3,5 GHz não seja bem definida antes do leilão. Esse teria sido o motivo pelo qual a frequência foi retirada da última negociação, o que teria deixado o espectro das teles mais limitado.
5G no Brasil
Também devido ao funcionamento de satélites já em órbita, A Anatel, por enquanto, desconsidera reservar a faixa de 28 GHz para leilão do espectro destinado à conexão 5G. A nova geração de redes móveis ainda engatinha no mundo e não tem previsão de chegar no país. Segundo Linhares, são mais de 30 GHz em frequências a ser analisadas para possível uso no 5G, algo que deve esperar para acontecer.
O executivo da Anatel falou durante o evento “O 5G e o Futuro das Comunicações Móveis”, organizado pela Fiesp nesta segunda-feira (18), em São Paulo.
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