21 Abril 2016
A guerra contra a internet limitada parece não ter fim. Ontem o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, deixou claro que a prática de franquias mensais na internet fixa é aceitável e até vital para o bom funcionamento da estrutura de internet no Brasil. De acordo com Rezende, o principal motivo que leva as operadoras a precisar recorrer ao novo modelo é a transmissão de vídeos no YouTube e Netflix, além de jogos online. Para ele, a internet ilimitada "acabou educando mal" os usuários.
Abaixo você confere trechos da coletiva onde o presidente da Anatel deixa claro que é inviável ter usuário torrando muita banda larga com jogos online. "Tem gente que adora, fica jogando o tempo inteiro e isso gasta um volume de banda muito grande. É evidente que algum tipo de equilíbrio há de se ter porque, senão, nós teremos o consumidor que consome menos pagando por aqueles que estão consumindo mais. É essa questão da propaganda, do ilimitado e do infinito que é um negócio que acabou desacostumando o usuário".
As palavras dadas por Rezende acabam passando a ideia de que os gamers são culpados por quererem usar a internet que pagam como meio de entretenimento. Geralmente quem joga bastante tende a ter um plano mais alto de conexão, pagando mais caro que o usuário comum que só lê e-mail, usa Facebook e WhatsApp. Com isso, essa ideia de que o consumidor que paga menos sai prejudicado não faz sentido.
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De acordo com a Anatel, as operadoras poderiam redimensionar suas redes para cada perfil de uso, o que tornaria o serviço oferecido de melhor qualidade. Nada garante que aplicar franquias realmente irá contribuir para um serviço prestado de maior qualidade. No final das contas, este dinheiro extra pode acabar apenas indo para os cofres das operadoras, não trazendo nenhum benefício para o consumidor.
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