08 Setembro 2016
Um estudo da OpenSignal com todas as operadoras de telefonia móvel no Brasil revela que as Olimpíadas provocaram investimentos maiores no 4G no Rio de Janeiro, mas com um prejuízo. Por conta dos Jogos, as teles teriam deixado o restante do país de lado, com crescimento de cobertura muito baixo.
O relatório considera mais de 85 mil medições via aplicativo no smartphone, feitas no período de fevereiro a abril de 2016. O estudo mediu tanto a cobertura quanto a velocidade e latência das redes 3G e 4G de Vivo, Claro, Tim, Oi e Nextel. Com exceção do estado carioca, o crescimento da malha de dados foi, no mínimo, modesta.
Um trecho do relatório diz que:
As operadoras, obviamente, foram forçadas a prepararem suas redes para os Jogos Olímpicos; no entanto, a nível nacional, a disponibilidade e a velocidade do 4G ainda deixam muito a desejar.
Os resultados por operadora deixaram clara a vantagem da Vivo sobre as demais concorrentes. A empresa da Telefónica SA foi a melhor na maioria dos critérios avaliados pelo estudo: velocidade de download no 4G, 3G e no geral, além da cobertura do sinal 4G. A última colocada foi a Oi, liderando somente no quesito latência da rede 3G e ficando no fim da fila no restante dos quesitos.
Má vontade das teles?
Embora deixe claro que a expansão da rede 4G só ocorreu de forma mais acentuada no Rio de Janeiro, deixando o restante do país praticamente estagnado em áreas cobertas, a OpenSignal aliviou a pressão sobre as operadoras. Segundo a entidade, as teles devem "ser perdoadas por dedicarem atenção ao Rio".
O relatório lembra que o mesmo ocorreu por ocasião da Copa do Mundo em 2014, quando houve investimento a mais nas cidades-sede para dar conta da sobrecarga vinda dos visitantes, responsáveis por 26.7 terabytes de tráfego. Dois anos depois, o número de assinantes 4G cresceu muito, assim como a expectativa pela qualidade da conexão.
Se foi difícil atender a demanda na Copa, deverá ser ainda mais desafiador durante as Olimpíadas, mesmo que seja só em uma cidade.
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