10 Janeiro 2017
Parece que as operadoras brasileiras estão começando a se importar mais com o consumidor, vendo que dados recentes divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações apontam uma queda de 3,4% na quantidade de reclamações registradas desde janeiro até outubro desse ano.
Os dados incluem uma redução dos registros não só para banda larga fixa e móvel como também no setor de TV por assinatura, mas ainda assim, 3,3 milhões de casos foram reportados nesse período de tempo.
Comparando com os dados do ano passado, apenas o mês de janeiro (73,7%), fevereiro (33,4%) e março (1,5%) apresentaram um aumento, com abril (-6,2%), maio (-13%), junho (-12,6%), julho (-23,2%), agosto (-8,5%), setembro (-17,6%) e outubro (-14,6%) mostrando números abaixo dos registrados em 2015.
Mês | 2016 | 2015 | 2016/2015 |
janeiro | 353,1 | 203,3 | 73,7% |
fevereiro | 346,0 | 259,3 | 33,4% |
março | 385,5 | 380,0 | 1,5% |
abril | 323,2 | 344,4 | -6,2% |
maio | 315,9 | 363,1 | -13,0% |
junho | 322,2 | 368,6 | -12,6% |
julho | 316,3 | 411,9 | -23,2% |
agosto | 346,1 | 378,4 | -8,5% |
setembro | 300,1 | 364,0 | -17,6% |
outubro | 294,4 | 344,7 | -14,6% |
novembro | não disponível | 335,4 | não disponível |
dezembro | não disponível | 335,3 | não disponível |
ano | não disponível | 4088,4 | não disponível |
janeiro-outubro | 3302,8 | 3417,7 | -3,4% |
O setor de telefonia móvel, no entanto, contou com 50,7 mil queixas a mais (3,4%), sendo a maioria relacionada a cobranças indevidas em linhas pós-pagas. No caso da TV por assinatura, 56,8 mil reclamações foram registradas, mostrando uma queda de 11,5%.
A banda larga fixa fixa, por sua vez, apresentou 45,1 mil queixas a menos, uma redução de 8,4%, em comparação com os 67,4 mil do ano passado; já a telefonia fixa teve uma queda de 7,7%, 67,4 mil registros a menos que o mesmo período do ano passado.
Os dados são resultado do aumento da agência na fiscalização e transparência de ofertas de serviços, mas ainda há espaço para melhorias em relação ao relacionamento das telecoms com o consumidor.
A telefonia móvel é atualmente responsável por quase metade das reclamações recebidas nos canais de atendimento da ANATEL, seguida pela telefonia fixa e depois pela banda larga fixa e TV por assinatura.
Serviço | 2016 | 2015 |
Telefonia Móvel | 47,1% | 44,0% |
Telefonia Fixa | 24,3% | 25,5% |
Banda Larga Fixa | 14,9% | 15,7% |
TV por Assinatura | 13,2% | 14,4% |
Outros | 0,5% | 0,4% |
Desde o começo do ano até o mês de outubro, as maiores taxas de crescimentos nas reclamações referentes às prestadoras de telefonia móvel, banda larga fixa, TV por assinatura e telefonia fixa, em relação ao mesmo período do ano passado, vieram dos estados do Piauí (31,4%), Pará (10, 1%), Minas Gerais (6,7%), Paraíba (6,2%) e Rondônia (4,4%).
Os estados que mostraram maior redução nas queixas foram Rio de Janeiro (-13,2%), Bahia (-13%), Paraná (-12,3%), Mato Grosso do Sul (-10,7%) e Espírito Santo (-8,7%).
Operadoras de telefonia móvel
Em relação às operadoras de telefonia móvel, a TIM registrou o maior aumento nas reclamações, com 17,9% a mais do que o registrado ano passado; em comparação, a Vivo teve um crescimento de 4,9% nas queixas e a Claro e Oi mostraram uma queda com -4,4% e -4,2% respectivamente.
Tv por Assinatura
A Sky foi a única a apresentar uma queda, com -32,6%. Todas as outras tiveram aumento nas queixas, com o maior vindo por parte da Vivo (71,9%), seguido pela Claro/NET (15,8%) e depois pela Oi (8,4%).
Banda larga e telefonia fixa
Na banda larga fixa a Vivo/GVT apresentou um aumento absurdo de 30,2%, com a Oi e Claro/NET com quedas de -14,2% e -13,3%.
Na telefonia fixa a Vivo/GVT também levou troféu de outro nas reclamações com 32,2% a mais que o mesmo período no ano passado. A Net conseguiu reduzir em -17,8% seguida pela oi com -9,3%.
A Agência nacional continua com a pauta da adoção de franquias para banda larga fixa, inclusive, até abriu um espaço para colher a opinião dos internautas sobre o assunto há algumas semanas.
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