12 Abril 2017
Segundo dados preliminares da Anatel para o ano de 2016, o Brasil continuou a ver queda na base de assinantes pré-pagos na telefonia móvel. Até novembro, o total de linhas pré ativas no país era 20 milhões menor do que em janeiro. A redução, no entanto, foi menor do que a vista em 2015, quando 28 milhões de linhas foram desativadas.
Mesmo assim, o país ainda tinha 165 milhões de linhas pré-pagas ativas, quase uma para cada habitante. A previsão é de que a queda continue durante todo o ano de 2017, conforme mais gente vai aderindo aos mensageiros e outros apps que facilitam a comunicação com clientes de outras operadoras, como WhatsApp ou Telegram.
O uso desses aplicativos dispensa para muitos o segundo – ou terceiro, ou quarto – chip. Ao trocar mensagens por meio da rede de dados celulares, os usuários só precisam pagar pelo 3G/4G (redes que estão recebendo boa parte dos investimentos), economizando os gastos que teriam com SMS ou chamadas que seriam feitas na rede tradicional.
A expansão do uso das mensagens de áudio no WhatsApp também contribui para este cenário, já que muitos usuários que não têm o hábito de ler ou escrever conseguem se comunicar facilmente, numa espécie de chamada telefônica em que cada um contribui no momento em que for melhor.
Em novembro, o número total de linhas de telefonia móvel no país voltou a crescer depois de oito meses em queda. O aumento foi puxado pelas linhas pós-pagas. Em breve, porém, as assinaturas fixas mensais sofrerão acréscimo de valor por conta de cobrança do ICMS autorizada pelo STF, o que pode causar nova queda.
O número de linhas pré-pagas, que chegou a ser 83% do total de números celulares no Brasil em 2009, caiu para 67% em dezembro de 2016. As quatro principais operadoras estão perdendo clientes com isso, sendo que a Claro foi a mais afetada, em números totais, no ano passado.
Na comparação ano a ano, no entanto, a Oi foi a única a perder mais clientes em 2016 do que havia perdido em 2015. Isso pode ter se dado pelo fato de a operadora passar por recuperação judicial, o que leva à desconfiança do consumidor em relação ao futuro da empresa.
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