BlackBerry pode não ser mais a líder de vendas no mercado de telefonia móvel, mas parece estar disposta a lutar bravamente por outros importantes segmentos onde celulares especiais são necessários. Nas palavras do próprio presidente da antiga gigante da Canadá, John Chen, há chances da companhia norte-americana fabricar um aparelho totalmente livre de bactérias, usando materiais com fobia a tais micro-organismos a fim de resolver um dos grandes problemas encontrados em hospitais no viés atual. A contaminação por meio de dispositivos pessoais é mais assustadora do que você imagina.

De acordo com Aviv Gladman, chefe oficial de informações médicas da organização profissional de saúde, Mackenzie Health, doutores e enfermeiros deveriam limpar seus smartphones sempre que entram e saem do local de trabalho, pois a transição dos eletrônicos em tais ambientes causa a disseminação de germes e bactérias encontrados em larga escala nos estabelecimentos. Inclusive, uma pesquisa científica feita pelo Jornal de Microbiologia Aplicada descobriu que 20% a 30% dos germes são transmitidos entre a superfície de um celular e a ponta dos dedos.

Mesmo com a obrigatoriedade dos profissionais da área médica em limparem seus aparelhos com álcool antes e depois de irem ao lugar onde trabalham, infecções adquiridas no próprio local de saúde são uma das maiores causas de morte em hospitais ao redor do globo. Sabendo disto, BlackBerry se aproveitaria de um bom espaço para resolver o notável problema caso elaborasse um equipamento capaz de ser imune aos germes e bactérias, tornando-se uma das melhores opções aos doutores e enfermeiros que estão ativos no presente momento. Mas isso ainda não passa de apenas uma ideia.

John Chen, embora tenha criado expectativas, diz que um dispositivo com fobia a germes e bactérias não está sendo desenvolvido pela BlackBerry, tratando-se apenas de 'palavras ao vento' dadas pelo atual CEO da antiga Research In Motion (RIM). Ainda nesta semana, o presidente da empresa desconsiderou a utilização do Android até que haja a possibilidade de implementá-lo com segurança, ironicamente, livre de vírus. Portanto, não sabemos ao certo o que a companhia canadense pretende para o futuro, nos restando apenas acompanhar sua trajetória para descobrirmos.