23 Janeiro 2017
É um velho dilema das tecnologias de imagem. De um lado, fabricantes criam painéis de televisão com cores cada vez mais próximas da realidade, sendo quase impossivelmente precisas ao reproduzir as imagens. Por outro, não isso que realmente chama a atenção do consumidor comum, que busca cores mais saturadas, contrastes infinitos e imagens mais fortes, não se preocupando tanto com ser tão precisos assim. Esse é o motivo de televisões com tecnologia OLED ou similares fazerem tanto sucesso.
O mesmo acontece com os equipamentos de áudio, com fones de ouvido extremamente fiéis custando uma fortuna, mas com o interesse geral do usuário comum em torno dos modelos que destacam os graves. Em ambos os casos, aliar fidelidade com o que o usuário busca parece algo irreconciliável, mas há aplicações específicas onde a precisão maior dos painéis de televisão ganham importância.
Este é o caso da área média, onde ver a coloração correta das imagens em monitores pode salvar vidas. Literalmente. Isso pode significar um mercado gigante para a tenologia Quantum Dot da Samsung, que tem um funcionamento bastante complexo. Basicamente, usa semicondutores tão pequenos que registram as coisas em uma escala nanométrica. Na prática, garante, por exemplo, que o vermelho registrado pela câmera será exatamente o mesmo vermelho que aparecerá no monitor, o que é mais difícil do que parece para esse tipo de equipamento, o que explica o seu alto custo.
A área médica não é a única que se beneficia da tecnologia Quantum Dot, já que áreas como design e modelagem também exigem um cálculo preciso de cores, mas certamente a área médica terá uma atenção especial por parte da Samsung. Pelo menos enquanto a tecnologia é impossivelmente cara.
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