Quanto você pagaria para encerrar de uma vez por todas a dúvida sobre seu parceiro estar ou não utilizando o Tinder secretamente? Um site está cobrando 4,99 dólares para pôr um fim a esta questão, e tudo o que ele precisa é do primeiro nome, idade, gênero e cidade de atuação do usuário para mostrar o perfil completo do cidadão, caso ele esteja utilizando o aplicativo. O valor pago dá direito a três buscas.

Muito mais do que possivelmente separar casais e ganhar uma grana, o Swipebuster está mostrando a todos como é fácil obter informações do Tinder. O site não faz nada ilegal, apenas acessa a base de dados do Tinder para detectar perfis e mostrar todas as informações públicas, que qualquer usuário do app também poderia ver. Exceto que ele ajuda a encontrar pessoas específicas, em vez de apenas mostrar usuários em um raio pré-determinado.

Segundo o criador do Swipebuster, que preferiu se manter anônimo, "há muitos dados sobre as pessoas que as próprias pessoas não sabem que estão disponíveis. Não apenas as pessoas estão compartilhando demais e abrindo um monte de informações sobre si mesmas, mas as empresas também não estão fazendo muito para deixar que elas saibam que estão fazendo isso". O caso abre um alerta para a possibilidade de outro vazamento no estilo Ashley Madison.

Claro que o Tinder não é especializado em casos extraconjugais, mas a facilidade que existe em puxar dados que deveriam ser mantidos em segredo é assustador. Outro hacker mal intencionado e sem tanta vontade de lucrar poderia jogar na rede os dados de todas essas pessoas em um piscar de olhos.

E, em tempos em que a discussão sobre segurança de dados está sempre em alta, com aplicativos para aumentar a proteção, é bom lembrar também que muitos dos serviços nos quais fornecemos nossos dados também precisam garantir a segurança daquilo que passamos a eles. Ou de nada vai adiantar tentarmos nos proteger enquanto sites e aplicativos que não necessariamente são mal intencionados permitem que qualquer um acesse o banco de dados de usuários de forma tão simples. Mas, claro, ainda piores são algumas empresas que simplesmente lucram com os dados que confiamos a elas, como uma certa rede social.

• Acesse o site Swipebuster (em inglês)