Esta segunda-feira (17/10) começou tumultuada para a WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange. Isso porque o perfil oficial da plataforma de vazamento de informações começou a postar logo pela manhã que a internet de Assange, atualmente exilado na embaixada do Ecuador em Londres, havia sido cortada. Até o momento não sabe o que ocasionou o corte de internet de Assange.

Veja o primeiro tuíte publicado sobre o tema:

Julian Assange's internet link has been intentionally severed by a state party. We have activated the appropriate contingency plans.

— WikiLeaks (@wikileaks) 17 de outubro de 2016

"A internet de Julian Assange foi cortada intencionalmente por um partido político. Nós já acionamos um plano de contingência"

Antes, algumas pessoas também entenderam que o polêmico e controverso ativista havia sido morto, informação essa já confirmada como falsa. O boato começou a ser divulgado por causa de estranhos tuítes com códigos, divulgados também no perfil oficial do WikiLeaks. Por exemplo:

pre-commitment 1: John Kerry 4bb96075acadc3d80b5ac872874c3037a386f4f595fe99e687439aabd0219809

— WikiLeaks (@wikileaks) 16 de outubro de 2016

Assange está sendo acusado de favorecer o candidato Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, ao divulgar informações até então sigilosas sobre Hillary Clinton, que está na frente do rival de acordo com as pesquisas de opinião. E ele ainda estaria tendo ajuda da Rússia, apoiadora de Trump. O país governado por Vladimir Putin, inclusive, é acusado de patrocinar uma série de invasões cibernéticas, que vão desde dados da NSA até emails de jornalistas norte-americanos.

Faz 10 anos desde que o nome de domínio WikiLeaks foi registado em outubro de 2006. A primeira grande publicação em massa foi feita em 28 de outubro daquele mesmo ano. Informações sobre a prisão de Guantánamo, Iraque e Afeganistão, além do escândalo de espionagem em massa promovido pelo governo yankee, são as principais denúncias divulgadas pela plataforma.