Tech 15 Jan
Um satélite desenvolvido por estudantes do ensino fundamental de uma escola pública em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, entrará em órbita nesta segunda-feira (16/01) graças a uma parceria com a Estação Espacial Internacional, mantida pela União Europeia, EUA, Canadá, Japão e Rússia.
O artefato, considerado um nanossatélite, tem 9 centímetros de diâmetro, 13 centímetros de altura e pesa 700 gramas. O nome? Tancredo-1.
O equipamento foi totalmente construído no Brasil e tem o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O artefato ficará na órbita da Terra, a 400 quilômetros de altitude, e será ferramenta de um experimento que estuda a formação de bolhas de plasma na atmosfera, fenômeno que interfere na captação de sinais de satélite e em antenas parabólicas em países localizados na linha do Equador, por exemplo.
Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações contou o seguinte:
O satélite também carrega um gravador que propaga uma mensagem gravada pelos estudantes. O Tancredo-1 foi ao espaço no dia 9 de dezembro, por meio de um foguete lançado pela agência espacial japonesa (Jaxa, na sigla em inglês).
A iniciativa só existe porque o professor da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, Cândido Moura, correu atrás dos recursos e de assessoria técnica. Com a ajuda do Inpe, foi criado um programa de treinamento dos alunos nas áreas de física e eletrônica.
O satélite levou três anos para ficar pronto. A construção foi conduzida por seis alunos, mas desde 2010 cerca de 400 estudantes já passaram pelo projeto chamado UbatubaSat, que engloba outras atividades de desenvolvimento científico. Para saber detalhes do projeto, clique aqui.
A SpaceX, empresa liderada pelo bilionário Elon Musk, lançou dez satélites ao espaço sideral no último fim de semana. Foi o primeiro lançamento da companhia desde a acidente envolvendo o Amos-6, satélites do Facebook que tinha a intenção de levar internet gratuita para países pobres, sobretudo na África.
A empresa privada de exploração espacial pretende criar uma rede mundial de internet de alta potência ao lançar. Esta rede seria composta por quase cinco mil satélites e a SpaceX já pediu autorização dos órgãos responsáveis para começar os lançamentos.
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