20 Novembro 2017
A Polícia Federal busca uma nova maneira de coletar informações confidenciais para ajudar em casos mais extremos, instalando legalmente uma espécie de vírus nos telefones das pessoas que estão sendo investigadas que permita copiar todos os dados sem que ela esteja ciente disto.
Aplicativos mensageiros como o WhatsApp se restringem bastante na hora de "vazar" este tipo de informação, e as operadoras de telefonia só podem compartilhar informações referentes a mensagens de texto e ligações que passam por suas redes.
O suposto vírus funcionaria como um aplicativo falso, onde quando um usuário o instala em seu aparelho acaba conseguindo permissões para executar algumas tarefas e, além de coletar dados básicos como agenda de telefone, histórico de chamadas e mensagens de texto, a ideia da PF é fazer com que tudo o que seja digitado no telefone "hospedeiro" seja rastreado, inclusive senhas.
Parece coisa de filme de ficção científica ou um 007 da vida, mas de acordo com as informações divulgadas a respeito desses programas, a PF teria controle até mesmo sobre a câmera frontal dos dispositivos, que poderiam capturar imagens sem que o usuário investigado perceba, inibindo qualquer tipo de som de disparo ou imagem na tela.
Com isto, os sistemas que são produzidos por empresas israelenses, americanas e indianas, poderiam dar acesso às mensagens do WhatsApp e outros aplicativos mensageiros, ligações feitas pelo Skype ou Viber, por exemplo, e até mesmo sobre a utilização das redes sociais por parte dos usuários investigados.
No entanto, para que o plano da Polícia Federal dê certo, o órgão necessita que as operadoras de telefonia adquiram estes aplicativos/vírus e deem acesso às autoridades para os dados coletados. As operadoras, no entanto, vêm apresentando forte resistência pelo custo adicional e por complicações jurídicas que podem acontecer posteriormente à aquisição.
Existe também todo um cuidado com o pacote de dados dos usuários, visto que para fazer o envio dos dados se faz necessária a conexão com a internet.
A Polícia Federal argumenta que o rime organizado utiliza aplicativos mensageiros que não podem ser rastreados para a troca de informações confidenciais, o que aumenta a pressão em cima das operadoras.
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