08 Setembro 2017
O TudoCelular já reportou diversas notícias diferentes sobre baterias que explodiram. Isto acontece graças ao fenômeno da "escapagem termal", isto ocorre quando uma bateria começa a superaquecer e acaba entrando em um círculo vicioso que a esquenta cada vez mais, resultando em uma explosão. Agora os cientistas estão tentando entender o fenômeno ao investigar estas baterias nestes momentos delicados.
O time composto por pesquisadores da Universidade de Londres estão usando raios Xs de energia sincrotrônica com imagens termais para analisar o comportamento das baterias em momentos de super aquecimento. O que eles descobriram é que a estrutura interna de baterias com revestimento protetor permanece estável durante quase todo o processo, até o desencadear da "escapagem termal" quando o cobre interior começa a derretes, indicando temperaturas que se aproximam de 1000 graus.
Quando o estudo foi investigar baterias sem revestimento, o núcleo acabou por colapsar muito rapidamente, fazendo com que a coisa toda explodisse de maneira violenta. Ou seja, baterias sem revestimento interno podem ser muito perigosas, causando lesões graves em seus usuários. Segundo o Dr. Paul Shearing:
"A destruição que nós presenciamos, é muito improvável de ocorrer sob circunstâncias mais normais, nós levamos estas baterias a condições muito além do que é recomendável ou praticável para poder analisá-las. Isto foi crucial para nós compreendermos melhor como as falhas nas baterias começam e se espalham. Nós esperamos que com a nossa ajuda, as baterias recebam aprimoramentos de seguranças para evitar futuros acidentes."
Normalmente, as baterias contêm um eletrodo positivo e um eletrodo negativo - conhecido como um cátodo e um ânodo - separados por uma substância chamada de eletrólito. Quando esses eletrodos são conectados a um circuito, eles dão início a uma série de reações químicas. Em uma das extremidades, as partículas carregadas a partir do eletrólito - conhecidas como íons - se direcionam até o ânodo, que reage e libera elétrons. Na outra extremidade, as reações no cátodo criam um material que - como uma esponja - é capaz de aspirar esses elétrons livres.
O resultado é um sistema cheio de elétrons no anodo que desejam ir para o cátodo, mas é aí que está o segundo emprego do eletrólito - ele impede os elétrons façam o caminho direto, forçando-os através de um circuito em anexo. As reações explosivas e o círculo vicioso começam quando uma bateria está em sobrecarga e continua a ser alimentada sem pausas. O resultado pode ser uma explosão desastrosa.
Você pode assistir ao vídeo com todo o processo aqui.
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