08 Setembro 2015
Qualcomm sempre apostou em uma arquitetura própria para os seus chipsets. Com os modelos mais recentes, incluindo o Snapdragon 810, a empresa resolveu usar processadores da ARM sem nenhuma modificação, apenas fazendo um arranjo de núcleos Cortex-A53 com Cortex-A57 de acordo com sua necessidade. Essa solução não deu muito certo, o que fez com que o produto apresentasse uma série de problemas de aquecimento, além de levar a bateria embora rapidamente.
Com o Snapdragon 820, Qualcomm espera resolver todos estes problemas. A empresa voltará a apostar em uma CPU modificada, que recebe o nome de Kyro nesta geração – sendo a sucessora direta do Krait, que foi usado em vários modelos da empresa como o Snapdragon 800, 801 e 805.
Enquanto no Snapdragon 810 temos quatro núcleos Cortex-A53 trabalhando em velocidade mais baixa para entregar um menor consumo, o chipset também traz quatro núcleos Cortex-A57 de maior velocidade para lidar com tarefas mais exigentes. Com a Kyro, não será mais preciso de CPU diferentes para tarefas diferentes. Ela é capaz de entregar um bom desempenho e ao mesmo tempo um baixo consumo, de acordo com a Qualcomm.
O Snapdragon 820 virá com quatro núcleos Kyro trabalhando a 2,2 GHz. De acordo com a empresa, essa combinação será capaz de entregar o dobro de desempenho quando comparado ao Snapdragon 810. Além disso, devido ao processo de fabricação avançado com litografia de 14 nm, espera-se que o mesmo consuma menos energia do que a geração anterior fabricada a 20 nm.
O chipset traz também uma nova GPU, neste caso a Adreno 530, que será a primeira da linha Adreno 500. Essa novidade vem com suporte às APIs gráficas mais atuais dentre OpenGL ES, OpenCL e também a Vulkan que chegará em breve para o Android 6.0. Qualcomm alega que a novidade é 40% mais potente que a Adreno 430 encontrada no Snapdragon 810. Além disso, a empresa informa que o chip gráfico consegue ser 40% mais eficiente quando usado em carga máxima.
Claro, temos que levar com calma esses números informados pela Qualcomm. Geralmente as fabricantes usam números inflacionados providos de testes realizados com protótipos nas situações ideais. Assim, em um smartphone, que realmente conta com dissipação térmica mais limitada, o desempenho poderá ser menor.
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