06 Novembro 2015
Já faz algum tempo que rumores sobre uma possível fusão entre a Oi e a TIM estaria em negociação. Embora o presidente da TIM tenha falado sobre essa possibilidade - ainda que de modo meio ambíguo - o CEO da operadora, Rodrigo Abreu, disse recentemente que eles não receberam nenhuma proposta da Oi ou de qualquer intermediário.
O executivo afirmou que "não há negociação, não há proposta e não há conversa". No entanto, ele destaca que a operadora estaria aberta para conversar caso haja de fato alguma proposta concreta. De qualquer forma, a TIM segue com sua estratégia de negócios atual sem a influência dessa possibilidade de fusão. Para Abreu, a situação permanece a mesma na ocasião em que a LetterOne anunciou um investimento na fusão.
Mikhail Fridman é um magnata russo e dono na LetterOne, e seu interesse é lucrar com essa negociação. Ele concordou em entrar em negociações exclusivas com a Oi para investir até US$ 4 bilhões para ajudá-la na combinação. A vantagem nessa fusão é que, juntas, as duas operadoras teriam uma participação de cerca de 44 por cento no mercado de telefonia no Brasil, de acordo com números da Anatel. Além disso, a Oi quer se livrar de sua dívida de R$ 50 bilhões.
Na ocasião em que as negociações se tornaram um assunto em pauta, a TIM afirmou que só admitiria uma negociação se houvesse uma alteração na legislação do setor de telefonia. Enquanto isso, os russos deram um prazo de sete meses para que a Oi consiga consolidar a fusão e a operadora tenta fazer com que um grupo de apoio dentro do governo consiga alterar a legislação que a TIM exigiu.
Caso o prazo da LetterOne vença, a investidora mudará de planos para procurar outras concorrentes para uma fusão. Entre as cotadas está a Sky, que está na mira da Telefônica (Vivo). Já o CEO da TIM disse que tampouco faz sentido para eles nesse momento um movimento de consolidação com a Sky.
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