11 Fevereiro 2016
Ao longo do ano passado, divulgamos diversas vezes que o número de linhas no Brasil foi drasticamente reduzido todos os meses. A operadora TIM disponibilizou os resultados financeiros para o ano de 2015. Os números mostram queda nas receitas, o que impactou também os lucros. A receita líquida total da empresa caiu 12,1% no ano, para R$ 17,14 bilhões. O lucro líquido orgânico, que não contabiliza a venda de torres, caiu 20,3%, para R$ 1,23 bilhão.
Segundo o porta voz da empresa, estes resultados ocorreram graças a diferentes fatores, mas o principal deles é o “ambiente macroeconômico mais difícil”, o impacto do corte da VU-M, e a migração de serviços de voz para dados.
Apesar de todos os problemas, não foram todas as áreas que encolheram. A receita líquida de serviços caiu 5,8%, para R$ 15,3 bilhões, enquanto a receita líquida inovativa (SVA sem SMS) aumentou 35%, para R$ 4,68 bilhões. A receita líquida fixa também cresceu, para R$ 660,45 milhões (+14,1%). O EBITDA recorrente caiu 2,6%, para R$ 5,4 bilhões. A margem EBITDA foi de 31%, contra 28% em 2014.
Outro ponto positivo que a companhia destacou foi o forte aumento dos investimento. O CAPEX no ano foi de R$ 4,7 bilhões, 18,6% maior que em 2014. O investimento em infraestrutura 4G aumentou 133% em relação ao ano anterior. No 3G, foram acrescentados mais 1.990 sites à rede de 12.365 da operadora. A rede de fibra da companhia atingiu 70 mil km, ligando 4,8 mil sites, crescimento de 32% sobre o ano anterior. A tele diz que 48% da base de clientes móveis usa serviços de dados, e 68% deles usam smartphone. A empresa terminou o ano com 7,1 milhões de assinantes 4G, dos quais 800 mil foram adquiridos no último trimestre.
Quando falando em 2016, o CEO Rodrigo Abreu antevê percalços. “Esperamos um ano difícil, porém com uma virada de crescimento devido ao aumento continuado das receitas com dados, que certamente passarão a ser a maior receita ao longo do ano”, afirma.
Comentários