Android 20 Jan
Uma disputa entre um ex-funcionário de TI e seus antigos empregadores, o American College of Education, está em andamento nos Estados Unidos depois que a faculdade acusou Triano Williams de alterar as senhas do sistema e deixar todo mundo, inclusive os alunos, sem acesso aos emails e material de cursos.
Williams foi demitido em abril, depois de ter sido o único funcionário remanescente em uma tentativa da instituição de centralizar a estrutura de TI em Indianápolis, onde fica a matriz. Na época do desligamento, ele era o único administrador de sistemas do American College.
O funcionário mora em Riverdale, no estado de Illinois, e recusou-se a pedir demissão em troca de compensação financeira, além de alegar não poder se mudar para o estado de Inidiana por ter guarda compartilhada de sua filha.
De acordo com uma ação movida pela instituição, ao deixar o cargo, Williams mudou uma senha no Google que controlava todo o acesso do sistema da faculdade, deixando 2.000 alunos sem acesso ao material dos cursos de mestrado e doutorado à distância oferecidos pela instituição. A conta teria sido suspensa por excesso de tentativas falhas de login.
Quando foi contatado para entregar a senha, Williams teria redirecionado os ex-patrões a sua advogada, que pediu US$ 200.000 e uma carta de recomendação.
Williams alega que a faculdade entrou com a ação contra ele em retaliação a uma ação que ele mesmo movia por discriminação racial. Segundo ele, todos os funcionários negros – ele incluso – sofriam com piadinhas e preconceito dos empregadores.
Sua advogada, Calvita J. Frederick, diz que o valor pedido, assim como a carta de recomendação, nada tinham a ver com as senhas, mas era uma indenização por conta dos problemas causados pela discriminação que seu cliente sofreu.
“A verdade é que a faculdade criou o problema ao longo dos últimos anos como um resultado de certas decisões empresariais seguido da demissão de alguns empregados-chave”, acusou Frederick.
Segundo ela, seu cliente teve o acesso ao sistema totalmente bloqueado pela instituição. E a questão do acesso suspenso teria sido uma invenção da faculdade, em retaliação à ação movida por Williams.
Uma aluna de mestrado alegou à imprensa local que conseguiu terminar seu curso em outubro, e que não teve nenhum problema de acesso durante todo o período de estudos.
Depois que um repórter entrou em contato com o Google questionando sobre o acesso da faculdade, o advogado da instituição informou que a conta já havia sido restabelecida.
O Google recusou-se a comentar o caso. Já o diretor de segurança cibernética da Universidade de Indiana, Von Welch, disse que a gigante das buscas estava em seu direito ao negar acesso sem que houvesse comprovação que o pedido da instituição era legítimo, e que não se tratava de um hacker tentando burlar o sistema.
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