A Redmi, subsidiária da Xiaomi caracterizada por dispositivos com preços ainda mais baixos que sua empresa-mãe, acaba de lançar um dispositivo que promete movimentar o mercado de smartphones, o Redmi K20 Pro.

O dispositivo mistura características poderosas com um preço bem abaixo de outros com o mesmo poder de fogo, fórmula adotada por outra subsidiária da Xiaomi no ano passado, a Poco. Por isso, rumores apontam que o dispositivo pode, em alguns mercados, ser 'rebatizado' como Pocophone F2.

Mas como o lançamento da Redmi se sai contra outros flagships com especificações semelhantes? O TudoCelular mostra o comparativo em tamanho real, e chama para a batalha outros quatro competidores: Seu antecessor, o Pocophone F1, o Galaxy S10e, versão menor do top de linha da Samsung e os recém-lançados Zenfone 6 e OnePlus 7.

O Redmi K20 Pro segue a tendência de design que aparece desde o final de 2018: quanto mais tela, melhor. Para isso, nada mais justo que remover o principal obstáculo para concretizar o plano: o notch, espaço 'roubado' da tela para incluir câmera frontal e outros sensores.

Mas como? A solução encontrada pela Redmi foi a mesma adotada pelo OnePlus 7 Pro e por outras fabricantes: uma câmera frontal pop-up, suportada por um pequeno motor que levanta a lente ao ser acionada. Isso garantiu ao dispositivo um excelente aproveitamento frontal, mostrando que é um sucessor de respeito para o Pocophone F1 e seu enorme entalhe.

Sobre os outros competidores, cada um adotou uma solução: O OnePlus 7, diferente de seu irmão maior, possui um notch em forma de gota. Entalhe que também está presente no dispositivo da Samsung, mas em formato de círculo alocado no canto superior direito da tela. A Asus que também aboliu o notch após as críticas recebidas pelo Zenfone 5Z, decidiu utilizar uma câmera com mecanismo de flip, que faz a função de frontal e traseira.

Todos os dispositivos contam com o que há de mais potente no seu período de lançamento. O Redmi K20 Pro vem equipado com o processador Qualcomm Snapdragon 855, mesmo utilizado nos demais rivais, exceto o Pocophone F1, que conta com a versão anterior, o Sanpdragon 845, processador top de linha mais avançado no período em que foi lançado. Vale destacar que, no Brasil, o Galaxy S10e vem com a solução da própria Samsung, o Exynos 9 Octa 9820.

Todos têm memória RAM mínima de 6 GB e armazenamento que parte de 64 GB. Nesse aspecto, o flagship da Samsung também é exceção, com mínimo de armazenamento de 128 GB, assim como em GPU: Mali-G76 MP12, enquanto os demais utilizam Adreno 640 (no caso do Pocophone, Adreno 630, de 2018).

Redmi K20 Pro e OnePlus 7 não contam com expansão do armazenamento, recurso disponível nos demais.

Para desespero de Steve Jobs, que profetizou que telas grandes não seriam úteis na indústria de smartphones, vivemos a era das telonas, e os cinco flagships aqui seguem à risca a ideia, com telas que ocupam mais de 80% da área frontal e proporção mínima de 18:9.

Exceto pelo Galaxy S10e, com suas 5,8 polegadas, todos os dispositivos têm tela acima de 6 polegadas. Nesse aspecto, a briga é acirrada e, digamos assim, milimétrica: OnePlus 7 tem 6,41 polegadas, seguido pelo Zenfone 6 com 6,4 polegadas e Redmi K20 Pro, com 6,39 polegadas. Prejudicado pelo 'queixo' avantajado na parte inferior, o Pocophone F1 tem 'apenas', 6,18 polegadas.

Sobre o tipo de tela, os tops de linha de Asus e Poco apostam na tela OPS LCD, enquanto as demais apostam nos displays AMOLED. A densidade de pixels de todos é praticamente idêntica, mas a Samsung leva vantagem.

É nesse quesito que as diferenças começam a aparecer com maior nitidez. As semelhanças acabam no fato de o K20 Pro ser o único do comparativo com um sensor traseiro triplo. Todos os demais apostam em câmeras duplas, que diferem entre si.

As tendências do momento são as lentes de 48MP, presentes nos smartphones da Redmi, Asus e OnePlus, e as câmeras grande-angular, ausente no Poco F1. Todos gravam em 4K a 60 fps. Sobre a câmera frontal, o único que não tem um sensor dedicado é o Zenfone 6, que utiliza a mesma câmera como traseira e frontal. O mecanismo rendeu a liderança do ranking DxOmark na categoria selfie, com direito a recorde.

O Redmi K20 Pro é o único dos dispositivos a contar com zoom ótico. Já o Pocophone F1 não possui dual shot.

As fabricantes passaram a entender a necessidade de uma bateria potente para dar conta de tantos recursos. Nesse sentido, a Asus salta na frente, com os 5000 mAh do Zenfone 6, seguido por Pocophone F1 e Redmi K20 Pro, com 4000 mAh. O OnePlus 7 tem capacidade de 3700 mAh e, em último lugar, fica o Galaxy S10e, com display menor e uma câmera a menos que seus irmãos maiores.

Único representante do comparativo que não possui NFC, o Poco F1 tenta compensar a ausência com o Rádio FM, presente também no Zenfone 6.

Com relação a preços e disponibilidade, Galaxy S10e e Pocophone F1 já podem ser adquiridos no Brasil diretamente no varejo sem a necessidade de importação. A OnePlus tradicionalmente não vende seus dispositivos no país, e permanece um mistério sobre a vinda do Redmi K20 Pro para o mercado nacional, visto que agora a Xiaomi atua oficialmente por aqui. Sobre o Zenfone 6, a previsão da Asus é de que o flagship embarque no Brasil no segundo semestre. Você pode conferir os preços nos cards abaixo.

• O Redmi K20 Pro ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O Asus ZenFone 6 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O OnePlus 7 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O Samsung Galaxy S10e está disponível na Mercadolivre por R$ 1.870.
• O Xiaomi Pocophone F1 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.