A Asus trouxe novos modelos da linha Zenfone Max ao Brasil no primeiro semestre do ano com uma novidade exclusiva do nosso mercado: o Max Shot. Um modelo com mais câmera, com a promessa de ajudar o usuário a “sair do basicão”, o aparelho foi testado pelo TudoCelular e não parece ser muito melhor, por exemplo, que o Max Pro M1, lançado no ano passado.
Então, resolvemos tirar a prova em um comparativo que vai pegar os resultados de cada teste e analisar a capacidade das câmeras desses dois modelos para te ajudar a entender qual deles vale mais a pena.
A linha Zenfone Max não segue nenhum calendário específico de atualizações. Os modelos do ano passado são similares aos deste ano, mantendo não apenas formato e aparência, mas também o acabamento metálico e até a disposição das câmeras.
É como se a Asus tivesse pego a carcaça do Max Pro do ano passado e somente aumentasse um pouco o espaço das câmeras. Como o Max Shot tem três lentes, o flash segue em um furo extra abaixo da lombada. O resto é praticamente a mesma coisa, com pequenas alterações no tamanho.
Já na frente, podemos notar que a tela foi modernizada. A borda superior foi substituída por um recorte pequeno, que abriga flash e câmera frontais e o alto-falante de chamadas. Pode parecer besteira para alguns, mas isso permite que a tela ganhe espaço para o conteúdo, já que os ícones da barra de status se dividem entre os dois lados separados pelo recorte.
E essa é a única diferença em design. O Max Shot mantém o conector micro USB para dados e energia e também o P2 para fones de ouvido. E o ponto vai para o modelo mais novo por oferecer mais tela em um corpo quase do mesmo tamanho.
A tela muda pouca coisa entre os dois modelos, com um IPS LCD de resolução Full HD. O espaço um pouco maior do Max Shot permite ao usuário ver mais conteúdo, e o resto é o mesmo: calibragem de cores ok e ajustável, brilho satisfatório. Desta vez, a vantagem fica com o modelo mais novo por oferecer mais conteúdo ao usuário.
O áudio, por incrível que pareça, é mais um quesito que teve involução no Max Shot. O modelo mais novo perde bastante qualidade no volume máximo, estourando agudos. Não notamos isso no Max Pro, que consegue manter um som bem audível no volume máximo, que tem bom nível. Ponto para ele, que volta a ficar à frente.
Com relação a recursos, pouca coisa muda. Ambos chegaram com o Android Oreo, mas estão atualizados para o Pie. Mas a interface da Asus foi deixada de lado para oferecer uma cara de Android Puro, com algumas modificações, como o app de câmera, que é mais completo. Desbloqueio por impressão digital e reconhecimento facial estão disponíveis em ambos. Tudo igual, então vai um ponto para cada um.
Um modelo mais novo costuma trazer hardware mais potente, certo? Bom, o Max Shot não é exatamente uma atualização do Max Pro do ano passado, então até que faz sentido que o modelo mais recente tenha hardware um pouco mais modesto.
Enquanto o Max Pro tem em seu interior o Snapdragon 636, o Max Shot traz o novo SiP1, também da Qualcomm, que é um chip mais completo que os Snapdragons comuns, com mais componentes. Para o usuário, não muda nada. Mas a potência de CPU e GPU está mais próxima do Snapdragon 450.
E, mesmo assim, vimos que falta otimização no Max Shot. O tempo que o modelo mais novo levou em nosso teste de abertura de aplicativos foi praticamente o dobro do Max Pro.
Mas a principal diferença é o chip gráfico, que é o mesmo do Snapdragon 450 no Max Shot. Infelizmente, esse modelo decepcionou e teve desempenho abaixo do esperado nos títulos que testamos, engasgando até mesmo no Asphalt 8. O Max Pro roda até mesmo o Asphalt 9 com boa taxa de quadros.
Ponto em desempenho é do Zenfone Max Pro M1, com louvor.
Apesar de manter praticamente a mesma espessura, com uma plataforma mais compacta, o Max Shot tem bateria menor que o Max Pro M1. São 5.000mAh no segundo, contra 4.000mAh no primeiro. E, claro, isso faz boa diferença no tempo de uso, ainda mais com tela um pouco maior.
Enquanto o modelo do ano passado durou mais de 24 horas no nosso teste padronizado, mantendo-se entre os recordistas de nosso ranking, o mais novo ficou abaixo das 19 horas. Ainda é um resultado muito bom, é verdade. Mas o ponto fica com o Max Pro, que toma a dianteira do comparativo.
O tempo de recarga é uma boa disputa. Ambos trazem carregador de potência mediana na caixa, e aí a carga menor acaba sendo uma vantagem. A diferença é de cerca de meia hora. Apesar de demorar um pouco mais, o Max Pro tem tempo de uso maior. Vamos inovar: ponto pra ninguém nesse quesito.
Os conjuntos de câmera mudam pouca coisa. O max Shot tem resolução um pouco menor no sensor principal, mas traz uma lente a mais e abertura maior em todos os sensores. E aí, será que isso dá vantagem a ele?
Na câmera principal, as fotos têm qualidade razoável para a faixa de preço nos dois modelos. A dica é utilizar o HDR quase sempre, evitando apenas em locais fechados, com a luz um pouco mais baixa que na rua. O Max Pro tem mais dificuldade em equilibrar áreas muito iluminadas, ficando um pouco atrás do concorrente.
Zenfone Max Shot
Zenfone Max Pro (M1)
Ambos ainda trazem um sensor de profundidade para fotos, que não faz um trabalho ruim, mas não chega a competir com aparelhos de maior valor no mercado. Há bastante erros, e o indicado é tirar sempre mais de uma foto para ter mais chance de conseguir um bom resultado.
Daí entra a terceira lente do Max Shot, não existente no Max Pro. A ultra-wide faz um bom trabalho, especialmente em ambientes bem iluminados. Com pouca luz, é uma negação, como praticamente todas as lentes desse tipo na atualidade. Conjunto principal é ponto para o Max Shot.
Ativar o modo HDR é uma boa dica também nas selfies, especialmente para o Max Shot. Isso evita fundos estourados, ao preço de rostos um pouco menos iluminados, também. Mas resultado geral melhor. Com pouca luz, o modo noturno ajuda um pouco, mas entrega fotos mais escuras.
O modo retrato, que usa só o software para recortar o objeto da imagem, é um pouco mais preciso no modelo mais recente. Ponto em selfies também vai para o Max Shot.
Em gravação de vídeos, os dois modelos gravam em 4K com a lente principal. Há tremidos, mas nada muito exagerado, considerando os preços dos aparelhos. Com a frontal, a mesma coisa. Nesse quesito, nenhum se destaca muito, então é um ponto para cada.
A Asus oficializou cada modelo em momentos muito diferentes, com cerca de seis meses de diferença entre cada um. O Max Pro M1 chegou há cerca de um ano, e ainda está à venda no varejo nacional, por cerca de duzentos reais a menos que o Max Shot atualmente, que também teve boa redução de seu preço inicial.
Asus ZenFone Max Pro (M1)
Comparar Aviso de preçoA pontuação mostra empate entre esses dois modelos. É realmente uma escolha difícil. O Max Pro tem bem mais desempenho e bateria com duração maior, enquanto o Max Shot se diferencia principalmente pelas câmeras, que tiveram boa melhoria. O ponto negativo fica só para o desempenho, mas este não deve ser um grande empecilho para quem faz uso mais básico.
Zenfone Max Shot | Zenfone Max Pro (M1) |
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Aí a escolha fica por sua conta: quer mais desempenho, sem se importar com um modelo lançado há um ano, vá de Max Pro M1. Se você não vai jogar muito, usa poucos apps e gosta de tirar muitas fotos, o Max Shot pode ser a melhor escolha. Mas o preço a pagar é maior, bom ter isso em mente.
O que você acha? Conta pra gente aqui nos comentários. Confere, também, o review do Max Shot junto com o Max Plus M2, onde também recomendamos outras opções a esses modelos.
- O Asus ZenFone Max Shot está disponível na Mercadolivre por R$ 1.359.
- O Asus ZenFone Max Pro (M1) ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
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