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7.856

Asus Zenfone 11 Ultra

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral

A Asus vinha há anos apostando em celulares compactos com a linha Zenfone. Em 2024, a empresa decidiu brigar com as rivais também em tamanho e temos um aparelho inspirado no ROG Phone 8, mas sem os LEDs e todo aquele apelo para o público gamer. O Zenfone 11 ganhou o sobrenome Ultra para mostrar que ele não é apenas maior, mas também potente com seu hardware avançado. Será que o novo celular topo de linha da Asus é isso tudo mesmo? Vamos conferir.

Acessórios

O Zenfone 11 Ultra vem em caixa clara com os seguintes acessórios:

  • Cabo USB no padrão C em ambas as pontas
  • Capinha de proteção
  • Guia do usuário
  • Ferramenta de ejeção do SIM card
Design e conectividade

O Zenfone 11 Ultra tem as mesmas medidas do ROG Phone 8, assim como peso similar. Para quem estava acostumado com os modelos compactos de antes, vai sentir um aparelho pesado e desconfortável de manusear com apenas uma mão.

Visualmente, tivemos boas mudanças. A moldura mais fina garante um maior aproveitamento para a tela, enquanto o furo para a câmera, que antes ficava no canto esquerdo, agora está menor e centralizado na tela.

O modelo antigo tem duas câmeras, cada uma com seu próprio aro. No Zenfone 11 Ultra há um bloco quadrado parecido com o ROG Phone 8, que abriga os três sensores e o flash de LED. O bloco fica bastante saltado da traseira e isso pode causar um certo incômodo. A capinha oficial da Asus não ajuda a nivelar a traseira do aparelho.

O corpo segue feito em alumínio com a traseira agora com acabamento em vidro. A parte frontal também recebeu melhorias e temos nessa geração a adoção do Gorilla Glass Victus 2 para maior resistência contra queda e riscos. Há certificação IP68 para a tradicional proteção contra água, como se espera de um bom celular topo de linha.

O vidro tem acabamento fosco na traseira, que ajuda a evitar que suje com muita facilidade. Além do modelo em azul que testamos, a Asus lançou o Zenfone nas cores preta, dourada e prata. Em todas as opções temos as laterais pretas, assim como o bloco de câmeras que ignora a tonalidade do restante da traseira.

O leitor biométrico agora vem incorporado à tela. Ele usa tecnologia óptica e responde bem ao reconhecimento da digital. A posição fica mais distante da borda do que vemos em muitos celulares que usam esse tipo de sensor, o que é bom considerando o tamanho do aparelho para uma posição confortável de uso.

É bom ver que a Asus ainda mantém a entrada padrão para fones de ouvido, algo que entrou em extinção entre os celulares mais avançados das outras marcas. Só não espere por slot para microSD para expandir o armazenamento.

A parte de conectividade não traz muitas novidades, com exceção do Bluetooth que agora é a versão 5.4. Fora isso, temos Wi-Fi de sétima geração, NFC e suporte a redes 5G. O carregamento sem fio continua limitado a 15W, enquanto o reverso chega a 10W.

Tela e som

Com o aumento do tamanho do aparelho, temos um belo ganho na tela. O novo painel AMOLED adotado é do tipo LTPO e ostenta 6,78 polegadas com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 144 Hz, enquanto muitos celulares topo de linha ainda estão presos aos 120 Hz.

Não chega a ser exatamente o mesmo painel adotado no ROG Phone 8 que possui taxa de atualização de 165 Hz. A boa notícia é que o brilho evoluiu e está mais forte e equiparável com o modelo gamer da Asus. Também há suporte a HDR10 para aproveitar vídeos de streaming, mas ficou devendo Dolby Vision para uma experiência completa.

A taxa de atualização vem em modo automático que vai até 120 Hz. É possível atingir a velocidade máxima apenas em jogos ao usar o aplicativo Game Genie. Em conteúdo estático ou quando o celular está parado, temos o painel reduzindo a velocidade até 5 Hz para economizar bateria.

Por ter um corpo maior, há espaço para incluir alto-falantes maiores e mais potentes. O Zenfone 11 Ultra entrega som superior com boa imersão e capacidade de reproduzir os mínimos detalhes.

Ele não chega a ser o mais potente do segmento, mas agrada na qualidade sonora. A Asus continua sua parceria com a empresa sueca Dirac especializada em áudio, que não só otimizou os alto-falantes como também incluiu um equalizador completo com suporte a efeito surround e os codecs de alta definição da Qualcomm.

Desempenho

O Zenfone 11 Ultra vem equipado com o Snapdragon 8 Gen 3 e este que testamos traz generosos 16 GB de RAM. Com uma configuração destas não é surpresa que o celular da Asus consiga segurar todos os apps abertos em segundo plano.

No entanto, ele não surpreendeu em nosso teste de velocidade ao ficar abaixo do seu antecessor. Também acaba perdendo no multitarefas para os rivais da Samsung e Apple, o que mostra que faltou um pouco de otimização do software. Em benchmarks, por outro lado, temos pontuações altas com mais de 2 milhões de pontos no AnTuTu.


É bom lembrar que o Zenfone conta com Modo Desempenho que força mais o hardware para conseguir o máximo de desempenho em curto período de tempo, o que é ideal para conseguir números maiores em benchmarks.

Ele rodou todos os jogos que testamos na qualidade máxima sem dificuldades. A Asus incorporou um bom sistema de dissipação passiva, que não chega a ser tão robusto e eficiente quanto do ROG Phone 8 com seu cooler dedicado, mas dá conta do recado e impede que o celular esquente além do ideal ao jogar.

Bateria

Outro grande salto entre gerações está na bateria que agora traz 5.500 mAh de capacidade. Tivemos bom resultado com o Zenfone 11 Ultra rendendo quase 30 horas em nosso teste de autonomia que simula uso moderado com alguns jogos.


Só é decepcionante ver que ele fica abaixo do antecessor com bateria menor, o que mostra mais uma vez que faltou melhor otimização do software.


Ele traz suporte a carregamento de até 65W. Testamos com um carregador potente e ainda demorou 1 hora e 24 minutos para ter a bateria completamente cheia. Uma carga rápida de 15 minutos recuperou 18% e chegou a 37% com meia hora na tomada.

Câmeras

O conjunto fotográfico é formado por sensor de Sony IMX890 de 50 MP com estabilização do tipo gimbal, ultra-wide de 13 MP com sensor da OmniVision e teleobjetiva também com sensor da mesma fabricante, mas um modelo com 32 MP e zoom óptico de 3x.

O app de câmera é o mesmo visto no ROG. Ele traz bastante opções na hora de fotografar e reconhece o tipo de cena para fazer o ajuste correto. Caso prefira, há o modo Pro que deixa você fazer todos os ajustes necessários para ter a melhor foto. Este modo avançado também fica disponível para a filmadora.

Principal | Ultra-wide



As fotos registradas pelo Zenfone são boas, apesar de não impressionarem para a categoria. Temos cores bonitas e naturais, devendo apenas no contraste exagerado e faixa dinâmica limitada que resulta em fotos escuras no final de tarde.

O software exagera um pouco no pós-processamento, o que deixa as fotos um pouco suavizadas. Você só notará essa perda de nitidez se ampliar as imagens. Para quem pretende apenas compartilhar nas redes sociais, ficará satisfeito com os resultados.

Zoom


Há dois níveis de zoom no aplicativo. O padrão 2x usa a câmera principal e faz um recorte no centro da imagem. A opção 3x usa a teleobjetiva e temos uma imagem mais limpa e detalhada, já que não há ampliação para entregar uma imagem maior. O zoom máximo vai até 30x e apresenta perda considerável de nitidez.

A ultra-wide captura fotos com nitidez inferior por conta do sensor mais limitado. Ainda assim mantém cores e contraste igual à da câmera principal e não apresenta distorção nos cantos das imagens. Mesmo à noite não temos fotos escuras por conta da menor abertura focal, o que é bastante positivo. Essa câmera só fica devendo foco automático para ajudar nas macros.

Noturno



O software detecta quando o cenário tem pouca luz e ativa o modo noturno automaticamente. O Zenfone 11 Ultra acerta ao fotografar à noite com boas cores, contraste próximo do ideal e nitidez na média do segmento. Usar o zoom não compromete a qualidade e nem deixa os ruídos mais aparentes.

A câmera frontal traz sensor de 32 MP e captura selfies decentes. Há duas opções de distância, com a mais próxima sendo apenas um corte de imagem. Em ambas há nitidez razoável e boas cores. O desfoque de fundo funciona bem com bom efeito mesmo em locais com pouca luz.

Selfies



A câmera principal filma em 8K a 24 fps, a ultra-wide em 4K e as demais no máximo Full HD. A estabilização lida bem com os tremidos, o foco é eficiente e a captura de som estéreo tem boa qualidade. O top da Asus não chega a sofrer para gravar à noite com a câmera traseira, mas apresenta excesso de ruídos com a frontal.

Software

O Zenfone 11 Ultra sai de fábrica com o Android 14 com a interface bastante enxuta da Asus que lembra o Android padrão do Google. Ele deve receber mais duas versões do robozinho e quatro anos de atualizações de segurança. Porém, quando testamos o aparelho, ele ainda estava com patch do final de 2023.

Entre as poucas modificações da Asus temos uma espécie de hub que reúne informações do aparelho relacionado a memória e armazenamento. Há a possibilidade de clonar apps, adicionar atalhos em menu lateral estilo da linha Galaxy, suporte a gestos para abrir aplicativos ao desenhar na tela desligada ou mesmo dar toques na traseira.

Não há o Armory Crate da linha ROG que traz toda uma suíte dedicada para jogos, mas ainda temos o Game Genie que reúne alguns recursos bacanas como a exibição da temperatura, uso de CPU e GPU, além do fps ao jogar. Também é possível mapear macros tanto para controles na tela quanto para uso com mouse e teclado.

Rivais

O Zenfone 11 Ultra entrega uma experiência sólida, mas consegue competir com o Galaxy S24 Ultra? Os dois são do mesmo tamanho, com a diferença que o da Samsung tem um estilo mais retangular e traz S Pen como extra. Os dois possuem ótimas telas, onde o S24 se destaca por ter vidro menos reflexivo que ajuda bastante no uso fora de casa. Ele também ganha em áudio com som mais potente, é mais ágil no multitarefas, a bateria dura mais e as câmeras são mais avançadas.

O iPhone 15 Pro Max supera o da Asus? O modelo da Maçã é mais compacto e traz tela um pouco menor que não chega aos 144 Hz em jogos. Por outro lado, o iPhone é capaz de rodar alguns de console, como Resident Evil. Os dois oferecem ótima experiência multimídia, mas é o da Apple que ganha no multitarefas e também na duração de bateria. Apesar do Zenfone fazer boas fotos e vídeos, o iPhone 15 Pro Max ainda leva a melhor.

Pontos fortes e fracos

Pontos fortes

  • Design e acabamento premium
  • Ótima tela AMOLED 144 Hz
  • Som potente com graves intensos
  • Bateria dura bem

Pontos fracos

  • Desempenho multitarefas abaixo de rivais
  • Perdeu autonomia para o antecessor
  • Câmeras poderiam ser melhores
  • Suporte a atualizações de software
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Se custo-benefício pode não ser matador, mas tem lá seus atrativos

Embalagem e características

Embalagem traz o básico, mas vem com capinha para proteger o celular

Comodidade

O Zenfone perde seu maior trufo que era a comodidade de usar um celular compacto

Facilidade de uso

Android da Asus traz poucas modificações e garante uma boa experiência no geral

Multimídia

Tela grande com brilho forte, ótimas cores e som potente de qualidade garantem ótima experiência multimídia

Votação Geral

O Zenfone 11 Ultra é uma boa opção de celular topo de linha que só não compete com os melhores em câmera

Video

Onde Comprar

As melhoras ofertas para o Asus Zenfone 11 Ultra