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Blu B9

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral

A fabricante norte-americana Blu regressou ao Brasil em outubro de 2022 trazendo três lançamentos para o segmento de entrada e temos em mãos o mais avançado deles, o B9, que tem como destaque vir com caixa mais completa que os concorrentes com direito até a fone de ouvido sem fio de brinde. Será que os extras valem a pena ou investir em celular básico da Samsung ou Motorola ainda é um melhor negócio? Vamos conferir.

Acessórios

O Blu B9 vem em caixa colorida com a mensagem "De Miami para o Brasil" na parte externa. Ele se destaca por vir acompanhado de muitos acessórios:

  • Carregador de 10W
  • Cabo no padrão micro USB
  • Chave da gaveta do SIM Card
  • Adesivo da Blu
  • Fone de ouvido sem fio TWS
  • Cabo para recarregar o fone
  • Capinha de borracha anti-impacto
  • Película de proteção para tela
  • Guia rápido do usuário
Design e conectividade

O Blu B9 traz design bacana para o segmento mais básico. É um aparelho feito de plástico rígido de boa qualidade com textura na traseira formada por linhas verticais que juntamente com o acabamento fosco fazem com que seja pouco escorregadio.

Há o nome do aparelho estampado em baixo relevo na traseira, próximo do alto-falante. Na parte superior temos o bloco com as três câmeras e o flash em LED, sendo na cor preta independente de você escolher o B9 na cor azul ou bronze. Um pouco mais abaixo temos o leitor biométrico que funciona bem e não demora para reconhecer a digital.

A frente do aparelho é igual a de muitos celulares de entrada: há entalhe em formato de gota no topo da tela e borda mais larga que as demais na parte inferior. Na parte superior encontramos a entrada para fones de ouvido, enquanto na inferior há a entrada micro USB e o microfone.

A gaveta para dois chips e microSD fica do lado esquerdo; ela permite expandir a memória sem precisar abrir mão da segunda linha. Na lateral direita do B9 temos o botão de energia e a tecla maior para controle do volume.

Na parte de conectividade não há nada de especial. O B9 é um celular 4G com suporte a Wi-Fi mais antigo N e não tem suporte a dual-band para redes mais velozes. O Bluetooth é 4.2 e a conectividade NFC fica de fora, como ainda é comum em celulares básicos.

O destaque perante os rivais está na sua caixa mais completa que não apenas tem como diferencial trazer fone de ouvido Bluetooth, como também traz de brinde uma capa emborrachada anti-impacto que protege muito mais que aquelas simples capinhas de silicone. Também vem uma película para ajudar a proteger a tela.

Tela e som

O Blu B9 possui tela de 6,5 polegadas com painel IPS LCD de 60 Hz e resolução HD+. Alguns celulares básicos trazem tela de 90 Hz para fluidez superior, no entanto, ainda é bastante comum modelos baratos com painéis mais simples.

O nível máximo de brilho é baixo e pode comprometer a experiência fora de casa em dias ensolarados. Isso não chega a ser algo tão crítico, já que grande parte dos celulares de entrada ainda peca neste ponto. Só faltou oferecer perfis de calibração para ajustar a reprodução de cores da tela.

O alto-falante na traseira entrega boa potência, mas a posição não é das melhores e pode ser abafado com facilidade enquanto segura o celular. Pelo menos a qualidade sonora está acima do segmento com bons agudos e graves, pecando apenas nos médios que passam despercebidos a maior parte do tempo.

O fone que vem de brinde é do tipo TWS com estojo próprio para ser recarregado e seu design lembra a primeira geração do AirPods da Apple. Ele não tem ponteira emborrachada e pode ser desconfortável para alguns por ser todo de plástico duro, mas entrega boa potência e qualidade sonora.

Desempenho

O B9 vem com chip SC9863 da Unisoc, um hardware bastante antigo com litografia de 28 nm, o que indica que tem baixa eficiência energética e devora mais bateria que rivais com processador mais atual. Mas como isso impacta o desempenho?

Realizamos o nosso usual teste de velocidade focado no multitarefas e comparamos com o Galaxy A03 e o Moto E32 que trazem hardware mais atual da Unisoc, o chip T606. O básico da Blu foi mais lento que o rival da Samsung, mas foi mais veloz que o da Motorola e conseguiu segurar mais apps abertos em segundo plano, mesmo ambos contando com os mesmos 4 GB de RAM.


O hardware antigo da Unisoc não impressiona em benchmarks e fica bem abaixo do T606. No caso do AnTuTu temos menos de 100 mil pontos, enquanto o Moto E32 chega a marcar quase o dobro da pontuação neste teste.

O B9 não é muito indicado para quem busca um celular barato para jogar. Ele até roda PUBG na qualidade Suave com taxa de quadros no médio, mas apresenta engasgos mesmo com os recursos extras desativados. No Call of Duty terá boa experiência na qualidade gráfica baixa com tudo desativado.

Bateria

O Blu B9 vem com bateria de 5.000 mAh, um tamanho padrão para o segmento. A fabricante promete duração de até três dias, mas em nosso teste simulando uso moderado com um pouco de jogos tivemos autonomia muito abaixo disso.


É até possível passar o dia todo fora de casa sem se preocupar em ficar sem bateria, desde que não exija muito do aparelho. Ele fica abaixo dos rivais em autonomia, especialmente comparado com o Galaxy A03 que rende quase 10 horas a mais.


O carregador de 10W que vem na caixa demora quase três horas para encher totalmente a bateria, mas ainda é comum ver celulares básicos levarem até mais tempo, como é o caso do rival da Samsung. Uma carga rápida de 15 minutos recupera apenas 11% da bateria e chega a 20% com meia hora na tomada.

Câmeras

O conjunto fotográfico do Blu B9 é formado por três câmeras na traseira com a principal com sensor de 13 MP e duas de 2 MP para macros e desfoque de cenários. A frontal traz sensor de 8 MP.

Não espere muito das câmeras do B9. Você até conseguirá registrar fotos decentes em situações favoráveis de luz, mas sem muitos detalhes capturados do cenário. O contraste é decente, assim como a temperatura de cores.

Macro


A parte curiosa fica para a câmera secundária que deveria cuidar do desfoque de cenário. Não há qualquer opção para ativar o efeito na câmera, o que deixa o sensor de profundidade completamente inútil. A câmera macro funciona, mas é tão limitada que também se torna descartável.

O B9 sofre ao fotografar à noite. Como seu foco não é dos mais ágeis, será comum ter fotos borradas. Além disso, as imagens sofrem com excesso de ruídos e texturas de baixa qualidade. Felizmente, há modo noturno que ajuda a minimizar o problema ao prolongar a exposição para termos fotos mais claras, apesar dos ruídos ficarem ainda mais evidentes.

Noturno



A câmera frontal é simples, mas faz selfies com qualidade similar a muito celular da categoria. Isso ao fotografar durante o dia, já que ao cair da noite terá fotos escuras e bastante granuladas. Você pode usar o brilho de tela para contornar o problema da escuridão, mas não espere que isso ajude na qualidade.

Selfies



A filmadora grava em Full HD com a traseira e apenas em HD com a frontal. A qualidade fica abaixo do que temos nas fotos, não há estabilização para lidar com tremidos, o foco é lento e a captura de áudio mono é bastante abafada e com ruído metálico. Se você pretende usar o celular para gravar vídeos, é bom passar longe do Blu B9.

Software

O celular básico da Blu vem com Android 11, o que é decepcionante para um aparelho lançado no final de 2022, onde muitos já estão recebendo o Android 13. Pelo menos o pacote de segurança não está defasado como muitos celulares de entrada.

O sistema traz poucas modificações, o que ajuda a entregar bom desempenho sem travamentos ou engasgos excessivos. Apenas o sensor de toque que não é dos mais sensíveis e nem sempre reconhece um comando de primeira.

Há suporte a gestos para acessar as notificações ao deslizar o dedo no sensor biométrico, assim como atalho para abrir rapidamente a câmera ao pressionar o botão de energia duas vezes.

Rivais

O Blu B9 é um aparelho com altos e baixos e que chegou custando salgados R$ 1.700. Quais opções temos de alternativa no mercado nacional?

O Galaxy A03 também vem com hardware da Unisoc, mas com chip mais atual que entrega desempenho superior e consome menos energia fazendo sua bateria render muito mais. O básico da Samsung também possui tela de 6,5 polegadas com resolução HD e painel de 60 Hz, mas o som é melhor, apesar de ser mono. Suas câmeras são melhores, mas fica devendo leitor biométrico.

O Moto E32 também é uma boa alternativa. Ele vem com o mesmo chip T606 da Unisoc presente no Galaxy A03, mas foi mais lento em nosso teste de velocidade por falta de otimização de software. Pelo menos compensa com a tela de 90 Hz para fluidez superior. A bateria dura mais e demora menos para recarregar comparado ao B9, além de ter melhores câmeras para fotos e vídeos.

Pontos fortes e fracos

Pontos fortes

  • Bom desempenho multitarefas
  • Caixa cheia de acessórios

Pontos fracos

  • Experiência multimídia fraca
  • Demorado tempo de recarga
  • Câmeras inferiores aos rivais
  • Não há desfoque apesar da câmera de profundidade
  • Android defasado e sem promessa de updates
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Há opções mais interessantes e mais baratas, se você não se importa com os extras que vêm de brinde

Embalagem e características

Embalagem vem recheada de acessórios com direito a fone Bluetooth TWS

Comodidade

O B9 é um celular grande, mas textura na traseira ajuda na pegada; vem capinha anti-impacto na caixa

Facilidade de uso

Android com poucas modificações entrega experiência decente

Multimídia

Tela tem brilho baixo e não traz calibração de cores; som é mono e não empolga na qualidade

Votação Geral

O Blu B9 é um celular fraco para o segmento e só valerá a pena se estiver bem abaixo dos R$ 1 mil

Video

Onde Comprar

As melhoras ofertas para o Blu B9