02 Maio 2023
Um ano se passou desde o lançamento do Moto G20, mas a Motorola decidiu pular o G21 e trouxe esse ano o Moto G22. O design mudou, assim como algumas especificações, apesar de ainda ter muito em comum com o antigo. O que mudou na nova geração e se as mudanças foram bem-vindas é isso que você vai descobrir nesta análise do TudoCelular.
O Moto G22 vem em embalagem escura com o logo branco da Motorola e o nome do aparelho em verde. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
- Carregador de 20W de potência
- Cabo USB no padrão C
- Fone de ouvido básico
- Capinha transparente de silicone
- Chavinha da gaveta do SIM card
- Guia do usuário
O Moto G22 traz um design mais moderno, apesar de ainda ser feito em plástico. A Motorola deixou seu novo celular básico mais fino e leve, ao mesmo tempo que reduziu a curvatura nas bordas e adotou um visual mais plano e limpo. O plástico da traseira tem acabamento fosco e passa a impressão de ser vidro, estando disponível em três opções de cores: preta, azul ou verde.
O bloco de câmeras mudou, agora dando mais destaque para a câmera principal – algo que a Xiaomi vem fazendo recentemente. O logo na traseira perdeu o sensor biométrico que agora está incorporado ao botão de energia na lateral direita. Esta é uma mudança comum em lançamentos recentes e parece agradar a mais pessoas.
A parte frontal também evoluiu e agora temos furo para a câmera de selfies, diferente do G20 com entalhe em gota. As bordas, no entanto, ainda são largas, especialmente a inferior. Ainda é comum ver aparelhos de entrada com moldura exagerada.
As laterais também estão mais planas e isso ajuda na pegada, apesar da traseira ainda ser escorregadia. É bom ver que a Motorola ainda manda capinha na caixa. Há entrada para fones de ouvido no topo; porta USB-C, alto-falante e microfone na parte inferior; e gaveta para dois chips e microSD do lado esquerdo.
Na parte de conectividade não há novidades: temos Wi-Fi AC para suporte a redes de 5GHz, Bluetooth 5.0 e nada de NFC.
Se o design mudou, não podemos dizer o mesmo da tela. O G22 traz o mesmo painel IPS LCD de 6,5 polegadas com resolução HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. São boas especificações para um aparelho de entrada; só poderia ter brilho mais forte. O nível de contraste é decente, assim como o ângulo de visão.
As telas da Motorola tendem para tons frios e isso deixa o branco azulado. Além disso, não há suporte a HDR10 para vídeos no YouTube ou serviços de streaming. De qualquer forma, são poucos os básicos que trazem este extra.
Como temos apenas uma saída de som, a experiência sonora fica limitada a áudio mono. Pelo menos a potência é boa e os graves e agudos apresentam bom equilíbrio, apesar dos médios passarem despercebidos.
A Motorola é uma das poucas que ainda manda fone de ouvido na caixa. O acessório é feito de plástico rígido e serve para ouvir músicas e fazer ligações.
Vamos para a parte decepcionante? A Motorola trocou o Unisoc T700 pelo Helio G37 da MediaTek e o resultado disso é que o novo é muito mais lento. Em nosso teste de velocidade chegou a dar dois minutos de diferença no multitarefas. E a culpa não é da RAM, já que até para carregar os aplicativos demora mais no G22.
Em benchmarks também tivemos queda nas pontuações, o que mostra que é o processador e a GPU que não possuem o mesmo poder de fogo do antigo. No AnTuTu quase dá o dobro de diferença entre as gerações.
E nos jogos? PUBG e Call of Duty rodam de forma decente na qualidade baixa com extras desativados. Games mais leves conseguem até tirar proveito da tela de 90 Hz, como é o caso de Subway Surfers e Mortal Kombat.
A bateria segue com os mesmos 5.000 mAh da geração anterior e aqui temos uma notícia boa e uma ruim. A ruim é que a autonomia caiu, o que mostra que o novo hardware da MediaTek também peca em otimização energética. Pelo menos ainda temos autonomia para o dia inteiro com folga.
A boa notícia é que o carregador que vem na caixa agora entrega potência máxima de 20W e com isso o tempo de recarga caiu drasticamente. O Moto G22 recarrega em menos de duas horas, o que pode não ser impressionante, mas ainda há aparelhos básicos que passam das três horas facilmente.
Uma carga rápida de 15 minutos é capaz de recuperar 19% da bateria. Se você deixar o Moto G22 por meia hora na tomada, terá 37% recuperados.
Apenas duas câmeras evoluíram no Moto G22: a principal na traseira e a frontal. Agora temos sensor de 50 MP e 16 MP para selfies. As demais são as mesmas de antes, incluindo a ultra-wide de 8 MP, a macro e a de desfoque de 2 MP ambas.
A câmera principal do G22 registra boas fotos para a categoria, mas não apresenta uma evolução notável comparado ao antecessor. É aquele tipo de celular que vai bem em cenários bem iluminados, mas que sofre em locais mais escuros. Ainda assim, notamos que ao fotografar à noite temos melhores fotos do que antes.
Principal | Ultra-wide
A ultra-wide apresenta qualidade similar à principal em fotos diurnas, apenas com a diferença que vegetações distantes ficam mais borradas. Em locais escuros é onde essa câmera sofre mais e pode se tornar quase inutilizada.
Noturno
A macro tem foco fixo e com isso limita a experiência. Comparada a outros da categoria até que está dentro do esperado. Como o sensor é de baixa resolução não espere as imagens mais nítidas. A de desfoque, por outro lado, é a mais decepcionante do conjunto. Ela até que faz um bom efeito ao separar pessoas do cenário, mas sofre bastante com objetos.
Macro
Desfoque
A nova câmera frontal mostra uma boa evolução. As fotos em locais claros apresentam boas cores, enquanto ao fotografar à noite não terá aquelas cores distorcidas de antes. Ainda há uma quantidade elevada de ruídos, mas não fica distante dos demais da categoria.
Selfie
A filmadora grava em Full HD com a traseira e frontal. A qualidade é similar a das fotos, não há tantos tremidos e o foco é rápido. O que poderia ser melhor é o som, que além de ser mono é mais abafado do que outros da categoria.
O Moto G22 sai da caixa com Android 12, o que é bom já que a Motorola não é de atualizar seus aparelhos básicos. No momento em que testamos ele não estava com pacote de segurança em dia, mas também não estava muito defasado.
A interface vem com padrão Material You visto inicialmente na linha Pixel. Curiosamente, não temos o app Moto tradicional que traz todos os recursos extras, incluindo as opções de customização da interface. Se você pretende usar os gestos de sacudir para abrir a câmera ou ligar a lanterna, vai encontrá-los nas configurações do sistema.
Com quais celulares o Moto G22 chega a competir no mercado nacional?
Da realme temos o C35 que tem boa tela e som, apesar do painel ser de apenas 60 Hz. Ele vence em desempenho e empata em bateria, porém demora um pouco a mais para recarregar. Em câmeras temos qualidade similar, mas fica faltando uma ultra-wide para fotos mais amplas.
Da Samsung há o Galaxy M22, um celular um pouco mais caro, mas que entrega melhor desempenho, bateria que dura muito mais, tela AMOLED com 90 Hz e melhores cores, além de câmeras mais competentes.
Pontos fortes:
- Design moderno
- Tela de 90 Hz
- Autonomia de bateria
Pontos fracos:
- Desempenho abaixo da média
- Tela com brilho baixo
- Som mono distorcido
- Sem updates garantidos do Android
Seu custo-benefício não é dos melhores e até encontrará outras opções da Motorola no mesmo preço
Embalagem traz bom carregador, capinha de silicone e fone de ouvido
O Moto G22 é um celular confortável de usar com uma mão, apesar de ser um pouco escorregadio
É o mesmo Android limpo da Motorola, mas agora com o design Material You do Android 12
Tela tem brilho baixo e som mono não empolga tanto com filmes e jogos
O Moto G22 é um básico bacana, mas que decepciona no desempenho
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Motorola Moto G22