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Motorola Moto G62

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral

A Motorola segue ampliando o seu portfólio de celulares 5G e a mais recente aposta da fabricante no mercado brasileiro é o Moto G62 que foi lançado em junho por preço inicial de R$ 2 mil. Ele tem muito em comum com o Moto G52, sendo o seu principal diferencial o suporte à conectividade da nova geração das redes móveis. Será que esse modelo vale mais a pena? Vamos descobrir.

Acessórios

O Moto G62 vem em embalagem escura com o logo branco da Motorola e o nome do aparelho em verde. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

  • Carregador de 20W de potência
  • Cabo USB no padrão C
  • Fone de ouvido básico
  • Capinha transparente de silicone
  • Chavinha da gaveta do SIM card
  • Guia do usuário
Design e conectividade

O Moto G62 é muito parecido com seus irmãos G52 e G82. Para ajudar a diferenciar os modelos e não confundir a cabeça do consumidor, a Motorola adota cores diferentes para cada um. No caso do G62 temos o aparelho disponível nas cores grafite e verde, diferente das opções em preto, azul e branco do modelo mais barato.

A pintura traseira é metalizada para dar uma sensação de aparelho mais caro, apesar de todo o corpo ser feito de plástico liso. Não há qualquer textura que ajude na pegada e a cor mais escura acaba acumulando marcas de dedo com facilidade.

O bloco de câmeras tem design convencional e padronizado da Motorola com as três lentes organizadas verticalmente dentro de um aro maior que abriga o flash em LED e menções sobre algumas características da câmera principal, como a resolução e o tipo de sensor usado.

Há o clássico logo no meio da traseira do Moto G62, enquanto o sensor biométrico fica integrado ao botão de energia na lateral direita. Ele fica rente ao corpo do aparelho e é preciso de um pouco de prática para se acostumar com a posição correta de encostar o dedo, mas a leitura é rápida, apesar de não ser instantânea.

Há entrada padrão para fones de ouvido na parte inferior, onde também encontramos o alto-falante principal, o microfone de chamadas e a porta USB-C. É bom ver que a Motorola vem investindo em som estéreo em todos os seus recentes intermediários e no G62 também temos um segundo alto-falante no topo, assim como um segundo microfone.

A gaveta para chips é do tipo híbrida, o que obriga o usuário a escolher usar dois nano SIM ou expandir o armazenamento com microSD. Há conectividade Wi-Fi padrão AC para redes de 5 GHz, Bluetooth 5.1, NFC e suporte a redes 5G como mencionado.

Tela e som

A parte frontal tem design tradicional com furo para a câmera de selfies em posição centralizada no topo. A moldura é mais fina que outros com tela LCD, porém ainda apresenta mais bordas do que o G52 por conta da tecnologia AMOLED no modelo inferior.

No Moto G62 temos um painel IPS LCD de 6,5 polegadas com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120 Hz. Essa é a diferença para o modelo mais barato da linha que vem com melhor tecnologia de tela, mas em troca de taxa de atualização inferior.

O painel adotado pela Motorola não impressiona em brilho e isso é comum em outros celulares da marca com tela LCD. Em locais com forte iluminação não será problema conseguir visualizar o conteúdo da tela, mas sob luz solar direta dará um pouco de trabalho. Sem falar que a calibração de cores não é das melhores e tudo que é branco ou cinza aparenta ser meio azulado.

Também não espere por suporte a HDR para aproveitar melhor vídeos no YouTube ou em serviços de streaming. O Moto G62, assim como até mesmo o G82, faz apenas o essencial para entregar uma boa experiência multimídia.

Pelo menos o som estéreo ajuda a ter uma boa experiência com filmes, jogos e até músicas. A potência sonora é boa e até se destaca perante alguns intermediários da Samsung. O equilíbrio entre graves, médios e agudos não chega a ser preciso com os médios ficando quase ofuscados pelas demais frequências, mas ainda terá bom som.

A Motorola manda fone de ouvido de brinde com o celular. É o mesmo modelo simples dos aparelhos mais baratos da marca com fone feito de plástico rígido. Pode não ser tão confortável quanto o que vem com os celulares da linha Edge, mas entrega som decente e traz botão no cabo para atender chamadas.

Desempenho

O Moto G62 vem equipado com Snapdragon 480 Plus, o que é decepcionante quando lembramos que o Moto G60 lançado há um ano traz hardware superior, o Snapdragon 732G. Além disso, o novo tem apenas 4 GB de RAM, diferente do mais antigo que possui 2 GB a mais de memória.

O G62 acabou decepcionando em nosso teste de velocidade focado no multitarefas. Ter apenas 4 GB de RAM não foi suficiente para lidar com muitos apps abertos em segundo plano e o intermediário da Motorola também é um pouco lento em carregar o conteúdo.


Em benchmarks, ele até fica um pouco acima do antecessor em alguns testes devido à sua GPU mais atual. Também chega a se igualar com outros com Snapdragon 720G ou 732G. Mas é curioso ver que na Índia a Motorola decidiu lançar o Moto G62 com Snapdragon 695, mesmo chip encontrado no Moto G82.

E nos jogos? A GPU Adreno 619 tem grande potencial para lidar com os games atuais. No PUBG foi possível jogar na qualidade HD com configuração em alto e alguns extras ativados. No Call of Duty também roda bem na qualidade alta com anti-aliasing ativado, enquanto games mais leves como Asphalt 9 e Mortal Kombat rodam suave.

Bateria

O Moto G62 é mais um da Motorola com bateria de 5.000 mAh. Pode parecer um retrocesso comparado ao antecessor com 1.000 mAh a mais, mas é bom ver que a troca de hardware ajudou a compensar a autonomia que fica igual a antes. Assim, terá um aparelho que passa o dia todo longe de tomadas com folga.


A Motorola manda na caixa um carregador TurboPower de 20W. Não chega a ser nada impressionante, ainda mais quando algumas fabricantes incluem carregadores mais potentes em seus intermediários e com isso temos um tempo de recarga apenas razoável, com a bateria do Moto G62 indo de 0 a 100% em mais de 2 horas.


Não espere muito também de recargas curtas. Se você deixar o aparelho por 15 minutos na tomada, terá apenas 15% da bateria recuperada. Mesmo com uma recarga de meia hora não terá mais do que 30% para usar.

Câmeras

O conjunto fotográfico é o mesmo do Moto G52 e aqui temos uma câmera de 50 MP, algo que virou padrão em intermediários recentes, uma ultra-wide de 8 MP e uma macro com apenas 2 MP. A frontal também é a mesma do modelo inferior da linha e possui resolução máxima de 16 MP.

Mais uma vez vemos um retrocesso comparado ao sensor de 108 MP do Moto G60. Claro, já falamos aqui outras vezes que números não dizem muita coisa e nem sempre o sensor com mais pixels registra as melhores fotos. No caso do Moto G62, ele fica abaixo do seu antecessor em alguns pontos.

Principal | Ultra-wide




O intermediário da Motorola consegue capturar boas fotos quando há luz suficiente. Ao entardecer, será normal ver as fotos ficarem bem escuras e os detalhes nas sombras acabarem se perdendo. O HDR poderia ser mais eficiente ao tentar compensar fundo claro com partes escuras, mas está no padrão da Motorola e até se sai melhor que alguns da Xiaomi.

A ultra-wide tem alcance dinâmico mais limitado e sofre ainda mais em fotos no fim de tarde, mas até que não peca tanto em fotos noturnas. Claro que as fotos saem mais escuras, mas ainda é possível registrar imagens decentes sem muitos ruídos. Apenas é estranho ver que a tonalidade das cores muda; em certos casos temos cores mais frias e em outros casos cores mais quentes comparado ao que é registrado pela câmera principal.

Desfoque



O G62 usa a ultra-wide para fazer o desfoque de cenários. O resultado é até decente, mas em locais com muita vegetação será normal ver algumas falhas no efeito, com bordas da foto sem o desfoque correto. A câmera macro só faz o básico, o sensor de apenas 2 MP é muito simples e a falta de foco automático limita bastante sua usabilidade.

Macros



A câmera faz fotos decentes à noite e há o modo Night Vision padrão da Motorola que prolonga bastante a exposição para maior entrada de luz. Isso atrasa um pouco a captura de imagem, mas terá uma foto muito mais clara. O problema é que os ruídos ficam bem mais evidentes e o contraste não recebe o mesmo tratamento.

Noturno



A câmera frontal é capaz de registrar selfies decentes em situações favoráveis, porém basta o sol começar a se pôr que já temos fotos com excesso de ruídos e cores e contraste abaixo do ideal. Sem falar que o modo retrato acaba desativando o HDR e o fundo das fotos fica estourado. É possível registrar selfies bacanas à noite se ficar próximo de uma boa fonte de luz ou terá fotos granuladas e com baixa nitidez.

Selfies



O Moto G62 consegue gravar vídeos em Full HD a no máximo 60 fps com a principal, pelo menos é isso que informa nas configurações do app de câmera, porém em nossas filmagens vimos que ele alcança no máximo 50 fps e fica até abaixo disso ao gravar em locais escuros. A frontal fica limitada a apenas 30 fps na mesma resolução.

Outro detalhe é que a estabilização eletrônica só funciona ao gravar a 30 fps. O foco não é dos mais rápidos, então precisa ter certa paciência, mas a captura de áudio é boa e está dentro do esperado para a categoria.

Software

O Moto G62 vem com Android 12 e a tradicional interface da Motorola com poucas modificações. No momento em que testamos ele estava com pacote de segurança até recente, mas a Motorola não vem mantendo os seus celulares atualizados com frequência.

O sistema é bastante limpo e próximo do que temos por padrão do Google. Ele até que flui bem apesar de não entregar uma experiência primorosa. Há os clássicos gestos para ativar a lanterna ao sacudir o celular ou acessar rapidamente a câmera ao girar o aparelho.

Por padrão, o G62 acaba roubando 5 GB dos seus 128 GB de armazenamento para expandir a RAM, mas ainda é insuficiente para garantir uma boa experiência multitarefas. Muitas empresas vêm usando essa abordagem, mas não fica claro o benefício de ter RAM virtual no celular.

Rivais

O Moto G62 é vendido no site da Motorola por R$ 2 mil e por ter uma disponibilidade mais limitada, será difícil fugir deste valor. O problema é que o Moto G82 é encontrado no mesmo valor por estar disponível em um número muito maior de lojas. E aí surge a dúvida: qual o melhor para comprar?

O G82 nacional é basicamente o G62 lançado na Índia. Temos de diferença apenas o tamanho da tela, processador e quantidade de RAM. Ele é mais rápido no multitarefas, a bateria dura quase o mesmo e recarrega mais rápido, enquanto o conjunto fotográfico é o mesmo, porém registra fotos um pouco melhores.

O maior rival do G62 é o Galaxy A33 que também oferece conectividade 5G. Ele tem de extra a resistência contra água e traz tela AMOLED, porém com taxa de atualização de apenas 90 Hz. O desempenho é mais ágil e a bateria dura um pouco menos, mas passa menos tempo na tomada. As câmeras são melhores e a filmadora grava em 4K.

Pontos fortes e fracos

Pontos fortes

  • Boa tela LCD
  • Som estéreo imersivo
  • Boa autonomia de bateria

Pontos fracos

  • Desempenho multitarefas abaixo da média
  • Tempo de recarga poderia ser melhor
  • Câmeras não empolgam
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

O custo-benefício não é dos melhores, mas valera a pena em ofertas futuras

Embalagem e características

Embalagem vem com capinha e fone de ouvido

Comodidade

Celular grande e escorregadio, mas vem com capinha na caixa

Facilidade de uso

É o mesmo Android simples de outros aparelhos da Motorola

Multimídia

Tela LCD tem bom nível de brilho, enquanto som é de boa qualidade

Votação Geral

O Moto G62 apresenta retrocessos comparado ao antecessor e tem preço salgado pelo que entrega

Video

Onde Comprar

As melhoras ofertas para o Motorola Moto G62