Nextel 20 Dez
Claro e Anatel são, desde que a fusão foi aprovada pela Anatel, uma única empresa. E como parte dos esforços de adequação para a conclusão desse processo, a entidade que regula as telecomunicações no país acaba de aprovar o compartilhamento de redes (RAN Sharing) entre as operadoras.
A ideia é facilitar a eliminação de sobreposições de outorgas do SMP e também adequar aos limites de quantidade de espectro permitida, de forma planejada, para proteger o consumidor.
Esse compartilhamento durará 18 meses, que foi o prazo estabelecido pela Anatel para adequar essas questões no processo de aprovação de compra da Nextel pela Claro, que aconteceu em dezembro de 2019. Foram consideradas todas as faixas outorgadasa à Anatel - 2.100 MHz e 1.800 MHz - e à Claro - 450MHz, 700MHz, 850MHz, 900 MHz, 1.800MHz, 2.100MHz, 2.600MHz.
A proposta adotada para o compartilhamento de redes é o Gateway Core Network (GWCN), ou seja, compartilhamento de elementos de acesso na rede de rádio, inclusive de radiofrequência. Além disso, as duas operadoras dividem ainda elementos do núcleo de rede, no caso, o Mobile Switching Centre (MSC) e o Serving GPRS Support Node (SGSN).
O primeiro é um dos principais componentes do subsistema de redes, responsável pela comutação e encaminhamento de chamadas, além da atualização da localização. O segundo é responsável direto pela localização dos dispositivos e roteamento dos pacotes de tráfego.
O Conselho Diretor da Anatel colocou, como condição que, para cada empresa, cabe o dever de solicitar autorização para uso das subfaixas de radiofrequências em caráter secundário, além da autorização para prestação do SMP, nas áreas necessárias para composição do arranjo de compartilhamento proposto.
A área técnica da Anatel não vê comprometimento da independência entre as empresas nos aspectos comerciais e estratégicos: "do ponto de vista técnico não há ineditismo na proposta, visto que a própria Nextel possui contrato de RAN Sharing GWCN com a Telefônica, aprovado pela Anatel”
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