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Poco M3

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral

Temos aqui mais um celular da Poco, desta vez o M3, um aparelho intermediário que traz design diferenciado e muita bateria. A Xiaomi vem buscando elevar o patamar de custo-benefício exemplar e os recentes modelos da Poco são fortes opções para quem busca um bom celular com preço justo. Será que o M3 também é uma boa aposta e vale mais o valor cobrado que os rivais da Samsung, Motorola e LG? Vamos conferir.

Acessórios

O Poco M3 vem em embalagem amarela e traz os seguintes acessórios:

  • Carregador de 22,5W de potência
  • Cabo USB no padrão C
  • Chavinha da gaveta do SIM Card
  • Capinha de silicone
  • Guia do usuário
Design e construção

O M3 não tem design reaproveitado da linha Redmi para redução de custo. Aqui temos um visual inédito que foi projetado pela própria Poco. Ele se destaca por seu acabamento traseiro em dois materiais: a parte maior é feita de plástico com textura que imita couro, enquanto próximo das câmeras há um grande bloco de vidro para tornar o layout mais simétrico.

A textura melhora a pegada e torna o aparelho menos escorregadio, além de acumular menos marcas de dedos comparado a outros com acabamento em plástico brilhante. Isso não apenas torna o Poco M3 único, como também dá um ar de celular mais premium que rivais como o Moto G9 Power ou o Galaxy M21s. O Poco M3 não é dos mais compactos e leves, mas também não chega a ser um aparelho ruim de usar com uma mão.

Na parte frontal temos design mais clássico com entalhe de gota e bordas finas. O vidro frontal possui proteção Gorilla Glass 3, o que garante um bom nível de resistência contra riscos e quedas. Ainda assim, a Poco manda uma capinha de silicone na caixa.

Na lateral esquerda há a gaveta do micro SD para suporte a dois chips sem precisar abrir mão da expansão. Do outro lado encontramos o botão de volume e o de energia, que vem com leitor biométrico incorporado. Por padrão ele sempre permanece ligado e desbloqueia rapidamente ao tocar o seu dedo no sensor.

Na parte superior há um emissor de infravermelho, uma saída de som e uma entrada para fones de ouvido. Enquanto na parte inferior há mais uma saída de som, entrada USB-C e microfone para chamadas.

Tela e som

O design é realmente bacana, mas e a tela? A Poco adotou um painel IPS LCD de 60 Hz com resolução Full HD+. Pelo preço realmente não dá para esperar muito, já que os rivais também oferecem painel similar. O problema é o nível de brilho muito baixo, sendo inferior a muito celular de entrada que testamos. Há um modo externo para usar fora de casa, mas não ajuda muito.

Pelo menos o nível de contraste é alto para evitar cores lavadas e preto acinzentado. A calibração da tela tende para tons mais frios, mas você pode mudar a temperatura nas configurações para reduzir o efeito azulado do branco. Recomendamos mudar do perfil de calibração Automático para o Padrão.

Devido às duas saídas de som, temos áudio estéreo no Poco M3. E o melhor é que os dois alto-falantes entregam som equilibrado, diferente de outros celulares que usam o alto-falante de chamadas como canal secundário. A potência é boa com boa reprodução de graves, médios e agudos.

Xiaomi não envia nenhum fone de ouvido na caixa, mas pelo menos há entrada padrão para que você plugue qualquer fone que possua para ouvir suas músicas.

Desempenho

O Poco M3 vem equipado com o Snapdragon 662, o mesmo chip presente em rivais da Motorola. Com isso, não espere por desempenho surpreendente, ainda mais quando a MIUI 12 vem sofrendo com falta de otimização em diversos celulares da Xiaomi.

Por mais que o M3 tenha 4 GB de RAM, ele acaba recarregando os aplicativos abertos em segundo plano com bastante frequência. Em nosso teste de velocidade tivemos resultado inferior aos rivais da Samsung, LG e Motorola. Isso mostra que Poco e Xiaomi precisam acertar o seu software.


Em benchmarks temos resultados no mesmo nível do Moto G9 Power, o que já era esperado já que ambos compartilham do mesmo chip. E em jogos? O Poco M3 consegue rodar bem jogos mais leves como Subway Surfers e Asphalt 9, apesar de que o game de corrida da Gameloft apresenta pequenos engasgos em celulares da Xiaomi. No PUBG só foi possível jogar na opção balanceado e no CoD Mobile na qualidade mais baixa. Fica claro que este intermediário da Poco é para jogadores apenas casuais.

Bateria

Se o desempenho não empolga, a bateria, por outro lado, é seu grande destaque. Você tem 6.000 mAh que rendem muito. É possível recarregar o Poco M3 a cada dois dias se não for jogar ou assistir muitos vídeos. Mesmo com uso mais pesado ainda terá bateria para o dia inteiro com sobra.


Poco manda na caixa um carregador de 22,5W. É um carregador potente para a categoria, mas isso não faz o intermediário passar pouco tempo na tomada. Para ir de 0 a 100% é preciso esperar quase 3 horas. Uma carga rápida de 15 minutos recupera apenas 10% da bateria, enquanto meia hora garante 24% de bateria.

Câmeras

O Poco M3 vem com três câmeras na traseira. A principal possui 48 MP de resolução, a secundária tem lente macro e a última ajuda no desfoque de cenários. É uma pena não ter uma ultra-wide para fotos mais amplas.

A câmera do Poco M3 é boa para a categoria. Você terá fotos detalhadas, com nitidez e contraste na medida. Apenas achamos que o HDR não funciona bem como deveria e algumas fotos tiradas contra a luz acabam saindo escuras. Você pode controlar isso manualmente.

Desfoque



O software de controle de ruídos faz bem o seu trabalho para evitar fotos granuladas à noite. O Poco M3 possui modo noturno, mas o ajuste é suave e não clareia tanto quanto temos nos da Motorola.

A câmera de desfoque faz apenas o básico. Não apresenta muitos erros no recorte, mas deixa as fotos noturnas mais escuras e granuladas. A de macro é a pior do conjunto. Falta foco automático e a distância focal de 4 cm não permite chegar muito perto. Será comum ter fotos borradas com esta câmera.

Macro



A frontal tem resolução baixa, e como resultado temos selfies com poucos detalhes. Pelo menos o contraste e as cores são bons. O modo retrato funciona bem e ajuda até a dar mais destaque à pele da pessoa fotografada. Já em fotos noturnas é bom ficar próximo de uma fonte de luz se não quiser sofrer com selfies granuladas.

Selfies



A filmadora do Poco M3 também é simples e não grava em 4K e nem mesmo Full HD a 60 fps. A qualidade das capturas é apenas mediana. Há muitos tremidos devido à falta de um sistema de estabilização, mas pelo menos o foco não é lerdo.

A frontal sofre bastante em locais escuros e apresenta vídeos com tantos ruídos que parece que a filmagem foi feita por um celular de R$ 500. A captura de áudio é estéreo, mas não há qualquer esforço em anular o ruído de fundo.

Software

O Poco M3 sai da caixa com Android 10 e até o momento que fizemos esta análise, ele ainda não recebeu o Android 11. Já a versão do software é a MIUI 12 com o último pacote de segurança do sistema.

Você tem os mesmos recursos presentes em outros da Poco como tocar na tela duas vezes para ligar e desligar, dois toques no botão de volume para abrir a câmera e atalho para ligar a lanterna ou ativar o Google Assistente. Há modo escuro, que não vai ajudar a economizar bateria por falta de uma tela OLED, assim como modo de uso com apenas uma mão. Em recursos especiais encontrará o Game Turbo e a opção de janelas flutuantes.

A experiência geral da interface é apenas decente. Falta gás mesmo para um aparelho com Snapdragon 662 e no uso geral ele consegue ser mais lerdo que os rivais da Motorola. A Xiaomi já se destacou em software antigamente, mas a MIUI 12 precisa de uma dieta urgente.

Rivais

Como você deve ter percebido, o Poco M3 é cheio de altos e baixos. Vale a pena ou tem opções melhores na mesma faixa de preço? O seu maior rival no Brasil é o Moto G9 Power, que traz o mesmo chip e quantidade de RAM. O da Motorola é muito mais rápido, a bateria dura quase tão bem e demora bem menos para recarregar, além de possuir câmeras melhores com modo noturno mais eficiente.

Da Samsung temos o Galaxy M21s, que traz melhor tela com seu painel Super AMOLED, é um pouco mais ágil na execução com muitos apps e suas câmeras são melhores, além de ter uma ultra-wide para fotos mais amplas.

Até mesmo o K62 Plus da LG tem conjunto fotográfico mais interessante e fica acima do Poco em velocidade do multitarefas e não perde tanto em bateria. O ponto negativo de todos estes que citamos é que nenhum tem som estéreo como o Poco M3.

Pontos fortes e fracos

Pontos positivos

  • Design diferenciado
  • Som estéreo de qualidade
  • Ótima autonomia de bateria
  • Boa câmera para fotos de dia

Pontos negativos

  • Tela com brilho baixo
  • Desempenho abaixo da média
  • Demora na recarga da bateria
  • Filmadora limitada e ruim para filmagens noturnas
  • Atualizações demoradas do Android
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Há opções nacionais mais interessantes na faixa de preço do Poco M3

Embalagem e características

Embalagem traz capinha de proteção, mas nada de fone de ouvido como é comum na Xiaomi

Comodidade

Poco M3 é um celular grande, mas não tão escorregadio graças à textura na traseira

Facilidade de uso

É a mesma MIUI de outros da marca, mas falta fluidez no uso com vários apps

Multimídia

Tela tem brilho muito baixo para a categoria, mas traz de diferencial o som estéreo

Votação Geral

Poco M3 é um celular com altos e baixos, não ficando entre os melhores da marca

Video

Onde Comprar

As melhoras ofertas para o Poco M3