18 Setembro 2024
O TudoCelular já analisou o Redmi 13C e revelou tudo o que o básico da Xiaomi tem de bom e ruim. Agora vamos fazer o mesmo com sua variante 5G que chegou oficialmente ao mercado nacional em maio de 2024 custando R$ 1,8 mil. Será que vale o investimento? Vamos conferir.
O Redmi 13C 5G vem em caixa diferente nas cores vermelhas e brancas sem a ilustração do aparelho. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
- Carregador com 10W de potência
- Cabo USB padrão C
- Chavinha da gaveta do SIM Card
- Guia do usuário
O Redmi 13C 5G tem design parecido com o seu irmão 4G, apresentando mesmo tamanho, largura e espessura. Até mesmo o peso é similar e isso pode ser justificado pelo acabamento em plástico igual nos dois modelos.
A principal diferença que perceberá e que também vai ajudar a escolher o modelo certo na hora da compra está no design do conjunto fotográfico na traseira. Enquanto o modelo 4G vem com três câmeras e tem acabamento diferenciado como uma espécie de moldura, neste há apenas os dois aros que separam os sensores e o flash de LED.
A parte frontal é idêntica com entalhe em formato de gota para a câmera de selfie e borda inferior com o dobro da espessura das demais. Seu corpo é plano de todos os lados com traseira em plástico liso e laterais com acabamento fosco para deixar o aparelho menos escorregadio.
Testamos o modelo na cor preta que apresenta um padrão sutil na pintura com pequenos pontos brilhantes. Para quem busca um celular com design mais chamativo, há uma opção em prata que traz linhas diagonais que imitam uma traseira de metal riscado. Ainda temos uma terceira cor em azul sem detalhes especiais.
O leitor biométrico vem integrado ao botão de energia e funciona bem. Há entrada padrão para fones de ouvido no topo do aparelho, mas fica devendo o clássico emissor infravermelho comum nos celulares da Xiaomi. A gaveta é do tipo tripla e permite usar dois chips e ainda expandir o armazenamento com cartões microSD de até 1 TB.
Na parte de conectividade temos Wi-Fi de quinta geração com suporte a redes mais rápidas de 5 GHz, Bluetooth 5.3 e 5G.
O básico da Xiaomi traz uma tela IPS LCD de 6,74 polegadas com resolução HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. A Xiaomi alega que o sensor de toque pode chegar a no máximo 2160 Hz, o que vai ajudar a ter um tempo de resposta ágil em determinados momentos, podendo ser útil ao jogar.
Apesar do display simples, ainda temos um bom nível máximo de brilho. Pode não chegar perto de outros modelos do segmento com painel AMOLED, mas está acima de muito intermediário com tela LCD. A Xiaomi garante baixa emissão de luz azul e pouca oscilação de brilho, o que ajuda a reduzir a fadiga visual, especialmente ao usar o celular no escuro.
A taxa de atualização vem em modo automático para ajustar a velocidade quando necessário e ajudar a economizar bateria. O painel exibe cores saturadas por padrão, mas oferece perfis para regular a calibração e tonalidade do branco. Só não espere suporte por HDR para aproveitar ao máximo filmes e séries em serviços de streaming.
Assim como na versão 4G, este também fica devendo som estéreo. Há apenas uma saída de som na parte inferior do aparelho que não chega a impressionar em potência, mas também não apresenta distorção quando o volume está no máximo.
A qualidade sonora é apenas decente e temos um bom equilíbrio entre graves e agudos com grande ausência dos médios. Pelo menos há equalizador completo com vários perfis para escolher.
O Redmi 13C 5G vem equipado com o chipset Dimensity 6100 Plus da MediaTek e o modelo lançado no mercado nacional traz 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento. O sistema ainda reserva 4 GB da memória interna por padrão para ampliar o multitarefas, podendo chegar ao total de 16 GB combinados.
Ele foi bem no multitarefas ao segurar todos os apps abertos em segundo plano, o que nem sempre é o caso em celulares da Xiaomi com muita RAM. A versão 5G foi mais ágil em nosso teste de velocidade e também fica acima dos básicos de outras marcas.
Também temos números maiores em alguns benchmarks com esta versão do Redmi 13C e no AnTuTu é possível chegar perto dos 400 mil pontos. E nos jogos? Testamos Call of Duty na qualidade média com anti-aliasing ativado, mas demais recursos desabilitados. No PUBG é possível ter uma boa experiência na qualidade HD no alto com tudo ativado.
Um dos vários pontos em comum entre as duas versões do Redmi 13C é a bateria de 5.000 mAh. O outro modelo foi bem em nosso teste ao entregar autonomia para o dia todo e a versão 5G não fica distante disso.
Neste tivemos uma autonomia de 24 horas de uso moderado com alguns jogos inclusos. Para uso mais leve será até possível ficar dois dias longe de tomadas. O básico da Xiaomi tem suporte a carregamento máximo de 18W e vem com carregador de 10W na caixa que demora 2 horas e meia para encher totalmente a bateria.
Se tiver com pressa não vai recuperar muito da bateria, já que uma carga rápida de 15 minutos enche apenas 12% da capacidade, chegando a 22% com meia hora na tomada.
A versão 5G do Redmi 13C perde a câmera macro de 2 MP e assim temos um sensor de 50 MP para fotos e vídeos e um auxiliar de baixa resolução.
Se você busca um celular para fazer apenas o básico, então a câmera do 13C pode te atender. Ela registra fotos decentes em locais bem iluminados com cores vibrantes e poucas falhas aparentes.
Padrão | 50 MP
O software comprime quatro pixels em um por padrão, sendo possível fotografar usando toda a resolução de 50 MP. Isso faz com que as fotos ocupem o dobro de espaço do armazenamento, mas não entregam um ganho notável na nitidez, o que acaba não compensando.
O zoom é digital e não faz nenhum truque especial para evitar a perda de nitidez ao fotografar o que está distante. Se você não abusar muito do zoom ainda poderá fazer boas fotos. Para macros terá que usar a câmera principal que não permite chegar muito perto, o que limita registrar pequenos detalhes. O desfoque também é feito via software e apresenta bons resultados.
Zoom
As fotos noturnas exibem forte queda de nitidez, cores e contraste. Há modo noturno que prolonga a exposição para capturar mais luz, mas acaba deixando os ruídos mais evidentes. Nem adianta apelar para o modo 50 MP, já que ele não resolve essas limitações e ainda devora mais espaço da memória.
Noturno
A câmera frontal é mais simples neste modelo e temos um sensor básico de apenas 5 MP. Não espere por selfies muito nítidas, mas ainda servem para publicar nas redes sociais. O problema fica ao fotografar à noite, onde temos grande queda de nitidez, cores e contraste.
Selfies
A filmadora grava em Full HD com a traseira e a frontal. A qualidade dos vídeos fica a par do que é visto nas fotos e não sofre em locais escuros, exceto com a frontal que apresenta vídeos granulados. Falta estabilização para lidar com os tremidos, mas o foco não chega a ser lento. A captura de som é estéreo e tem qualidade decente.
O Redmi 13C 5G veio com Android 13 modificado pela MIUI e recentemente recebeu atualização para o HyperOS. No momento em que testamos, ele estava com pacote de segurança até recente, o que nem sempre é o caso dos modelos mais baratos da Xiaomi.
Boa parte dos recursos são os mesmos vistos em outros modelos acessíveis da marca, como a loja de temas para total customização da interface, assim como suporte para gestos e até atalhos para o botão de energia.
Apesar de não ser um celular com apelo gamer, a Xiaomi ainda incluiu na interface a suíte Game Turbo, que reúne todos os seus jogos instalados em uma única tela. Ao abrir algum game, um menu lateral pode ser acessado ao puxar da borda e nele terá acesso a atalhos para fazer capturas, iniciar gravação, bloquear notificações e acompanhar o uso do hardware.
O maior rival do Redmi 13C 5G no mercado nacional é o Galaxy A15. Será que o básico da Samsung é melhor? Ele é um celular mais compacto por conta da tela menor, mas traz painel AMOLED com brilho superior e melhores cores e contraste. Enquanto o Redmi ganha no desempenho multitarefas, o modelo coreano leva a melhor em bateria e tempo de recarga. O da Samsung leva a melhor em câmera e traz ultra-wide como extra.
O Moto G54 também é uma alternativa mais compacta. O básico da Motorola aposta em tela IPS LCD que até perde um pouco em brilho, mas ganha na resolução Full HD+ e na taxa de atualização de 120 Hz. O som estéreo também é um bom destaque com melhor qualidade sonora. O Redmi vence em desempenho e fica próximo em bateria, perdendo no tempo de recarga. O Moto G54 leva a melhor nas fotos noturnas e selfies.
Pontos fortes
- Bom desempenho multitarefas
- Tela de 90 Hz com bom brilho
- Faz boas fotos diurnas
Pontos fracos
- Faltou tela Full HD
- Som mono com qualidade fraca
- Bateria poderia durar mais
- Demorado tempo de recarga
Seu custo-benefício é decente, mas pode haver opções melhores na mesma faixa de preço
Embalagem traz apenas o básico e vem com carregador de apenas 10W
O celular traz traseira lisa e não vem com capinha na caixa para ajudar na proteção
O Redmi 13C 5G recebeu atualização para o HyperOS e entrega boa experiência no geral
A tela tem brilho decente e boas cores, enquanto o som é mono e não empolga na qualidade sonora
É uma versão um pouco melhor do que o modelo 4G, sendo uma boa compra de celular básico
Onde Comprar
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