Tech 15 Fev
Um dos maiores destaques do PS5 é o DualSense, seu novo controle recheado de recursos. Além de empregar uma mudança visual radical, o DualSense engloba novidades como os gatilhos adaptativos, que aumentam ou diminuem a resistência ao serem apertados de acordo com o jogo, e o uso de feedback háptico, para replicar vibrações de diferentes terrenos, por exemplo.
Como toda novidade, no entanto, o DualSense também vem sofrendo com problemas. Um número considerável de jogadores tem reclamado a respeito de falhas nos gatilhos, consequentes da quebra ou soltura da mola utilizada no botão, e mais recentemente de um problema que assombra rivais como o Nintendo Switch há um bom tempo: o drift dos analógicos.
Movimentos incorretos ou involuntários são gerados em virtude de falhas no joystick, o que acabou levando usuários ao tribunal. Tendo o objetivo de desvendar as possíveis causas do drift, o iFixit revisitou seu teardown do DualSense para investigar os analógicos, e as descobertas são curiosas.
Para funcionar, os analógicos utilizam um sensor conhecido como potenciômetro, que de maneira bastante resumida registra variações de resistência elétrica. O componente utilizado pela Sony é fabricado pela japonesa Alps Alpine, reconhecida no mercado de sensores e nova parceira da Qualcomm na criação do substituto do GPS em carros autônomos, e é bastante familiar.
Do tipo RKJXV, o potenciômetro do DualSense é basicamente o mesmo utilizado no Pro Controller do Switch, no DualShock 4, no controle do Xbox One e até mesmo no Xbox Elite Controller. Segundo o iFixit, "debaixo da capa de plástico, o segredo sujo é que todos [os controles] utilizam o mesmo hardware".
O portal destaca ainda que o potenciômetro RKJXV tem vida útil estimada de 2.000.000 de ciclos, o que parece muito a princípio, mas trata-se de um número facilmente atingido pelos jogadores mais ávidos. Fora isso, o componente é soldado diretamente na placa, o que torna sua substituição bem mais difícil. Somam-se ainda mais quatro possibilidades principais que podem tornar a vida do analógico mais curta.
A primeira é o desgaste do sensor, algo bastante comum; a segunda é o possível deslocamento da mola do sensor; a terceira é a influência do próprio plástico que gera movimentação no potenciômetro; e a última é a presença de poeira e outros agentes externos que afetam a performance. No fim, o iFixit conclui que o melhor conserto é a conscientização das fabricantes, que devem começar a pensar nas limitações dos componentes. Você pode ler a análise completa com mais detalhes neste link.
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