Tech 20 Nov
Na noite de ontem, terça-feira (21/11), a Uber anunciou que houve o vazamento de dados de mais de 57 milhões de usuários da plataforma do mundo inteiro; sendo que desse número 7 milhões são motoristas. O ataque aconteceu em outubro de 2016, mas a Uber só revelou a informação mais de um ano depois.
O comunicado assinado pelo CEO Dara Khosrowshahi, tenta tranquilizar as vítimas afirmando que foram vazadas apenas nomes, endereços de e-mail e número de telefone.
Nossos especialistas forenses não encontraram evidências de que histórico de localização das viagens, números de cartão de crédito, números de contas bancárias, número de Seguro Social (o “RG” dos EUA) ou datas de nascimento foram baixadas
O executivo ainda aproveitou a oportunidade para dar uma cutucada na administração anterior
Como CEO da Uber, é meu trabalho definir nosso curso para o futuro, o que começa construindo uma empresa de que todos os funcionários, parceiros e clientes podem se orgulhar. Para isso acontecer, precisamos ser honestos e transparentes enquanto trabalhamos para corrigir nossos erros do passado
O caso, por si só, já é um escândalo. Agora, segundo revelou a Reuters, a Uber ainda pagou US$ 100 mil (R$ 325 mil) aos hackers para que o caso não fosse revelado ao público.
Duas pessoas foram demitidas por envolvimento no plano: o diretor de segurança, Joe Sullivan, e seu adjunto, Craig Clark. Ainda segundo informações da Reuters, Travis Kalanick, fundador e ex-CEO da Uber, não esteve envolvido no acobertamento.
A empresa criou uma página com orientações aos usuários de como lidar com o ataque, mas, de modo geral, não há muito o que fazer
Acreditamos que nenhum usuário específico precise tomar qualquer medida. Não notamos nenhuma evidência de fraude ou de uso indevido vinculados ao incidente. Estamos monitorando as contas afetadas, que foram sinalizadas para proteção adicional contra fraudes
Vale lembrar que, essa é mais uma polêmica na longa lista de casos envolvendo a Uber. Recentemente, a empresa chegou a perder uma batalha judicial em Londres na qual agora é obrigada a reconhecer o vínculo empregatício de seus motoristas.
Comentários