A Hasselblad é uma marca que conta com dezenas de anos de história. Fundada em 1941, esta foi a fabricante escolhida pela NASA para registrar fotos e vídeos da superfície lunar e ficou relativamente esquecida após alguns anos. Seja pelo seu equipamento extremamente caro ou voltado para profissionais da área, o fato é que Hasselblad jamais deixou de ser sinônimo de excelente qualidade.

Já a Google tem obtido uma série de problemas recorrentes com os seus smartphones mais recentes, mas não devemos deixar de lado que os novos Pixels possuem as melhores câmeras do mercado de dispositivos móveis. E alguém colocou o novo Pixel 2 XL com uma Hasselblad H4D de US$ 20 mil!

O fotógrafo Tyler Stalman decidiu comparar os dois modelos nada parecidos para saber as diferenças entre um smartphone ranqueado com a melhor câmera do mercado no DxOMark e uma câmera profissional extremamente poderosa. As diferenças você pode conferir a partir de agora.

Alcance dinâmico

Também conhecido como dynamic range, esta é uma definição que mostra o poder de configuração do sensor utilizado na câmera. O alcance dinâmico é a variação entre as áreas escuras e claras da composição fotográfica; as melhores possuem um balanço excelente entre as sombras e os picos de luz, criando pouca variação e tornando a foto mais harmoniosa.

Segundo Stalman, o Pixel 2 XL produz fotos muito usáveis, especialmente em lugares menores devido a sua lente de maior angulação (algo que pode ser resolvido na Hasselblad se trocar de lente, mas cada uma é ainda mais cara que outra). Entretanto, o sensor e as lentes menores que a câmera H4D acabam diminuindo e até perdendo os detalhes e sombras da composição da cena. Ponto para a Hasselblad.

Nível de detalhes

Assim como dito anteriormente, devido às grandes margens de diferença entre tamanho de lente e sensor de um smartphone para uma câmera, os detalhes acabam ficando maiores e mais óbvios na Hasselblad, sendo mais perceptível quando é aplicado um corte na fotografia para aproximação.

Profundidade de campo

Sabemos que a Google conseguiu espremer a funcionalidade de duas câmeras em apenas uma: ao invés de utilizar uma câmera secundária para perceber a profundidade de campo da cena, o sensor consegue perceber o quê está atrás do objeto principal e então aplicar o efeito de profundidade de campo (também conhecido como Modo Retrato). Mas é claro que isso não se compara com uma lente de câmera profissional.

A diferença é notável por menor que seja: enquanto a Hasselblad consegue diferenciar perfeitamente as camadas de profundidade e manter os brancos das luzes atrás da modelo, com uma borda extremamente natural que só encontramos em câmeras com lentes grandes como esta, o Pixel 2 XL deixa todas as luzes extremamente apagadas (tanto que elas nem mesmo parecem estar ali atrás), e cria uma borda ao redor da modelo menos natural que a da câmera, embora ainda seja excepcional. Confira:

No geral, é obvio que a câmera vai se sair muito melhor e mais superior do que em relação a um smartphone, ainda mais em um ambiente controlado como este, mas ainda assim podemos conferir que a câmera da segunda geração de smartphones Pixel consegue chegar a um nível de qualidade extremamente próximo ao de uma câmera como a Hasselblad H4D, que custa aproximadamente 20 mil dólares (ou cerca de 64 mil reais).

Você pode conferir também o vídeo abaixo para maiores detalhes do próprio Tyler Stalman. Mas diga aí o que você prefere: o Pixel 2 XL ou a Hasselblad H4D?

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