Android 11 Jan
Logan Paul publicou em seu canal no YouTube o irresponsável vídeo “Encontramos um defunto na Floresta dos Suicídios no Japão”, e foi punido pela plataforma de streaming por violar as Diretrizes da Comunidade. Agora, a empresa pretende ir mais a fundo para impedir que coisas como esta continuem acontecendo.
Um dos motivos para o YouTube se preocupar com conteúdos ofensivos ou sensíveis, é o poder dos anunciantes. Em 2017, a plataforma passou por vários episódios em que as empresas que colocam suas marcas em anúncios nos vídeos ameaçaram se retirar - e levar consigo o dinheiro que investem ali.
No início do ano, um boicote das empresas britânicas levou o YouTube a lutar contra os vídeos que promovem ódio. Mais tarde, anunciantes voltaram a se retirar, dessa vez por casos de pedofilia. Esse efeito ficou conhecido como "Adpocalypse".
Dessa vez, o YouTube começa o ano com a intenção de vigiar mais de perto os canais que fazem parte do seleto grupo "Google Preferred". São “os 5% dos canais mais vistos, seguidos e compartilhados do YouTube”, e estes podem usar os anúncios custam mais caro.
Com o esforço de 10 mil moderadores humanos, o YouTube vai analisar o conteúdo desses canais para impedir que anúncios de grandes empresas apareçam em vídeos ofensivos. A plataforma também contará com sua inteligência artificial para detectar vídeos inadequados para essas propagandas.
Isso faz sentido se pensarmos que o Google Preferred foi criado para ajudar os anunciantes a alcançar mais facilmente o público que mais utiliza o YouTube, em vídeos que geram maior engajamento. Acontece que as marcas não querem ser associadas a vídeos de conteúdos ofensivos ou sensíveis.
"Estamos discutindo e buscando feedback com nossos parceiros sobre maneiras de oferecer-lhes ainda mais garantias sobre o que eles compram no Upfronts", disse um porta-voz ao Bloomberg. Upfronts é um evento anual onde as marcas compram espaços para anúncios no YouTube.
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