A Motorola segue atualizando seus dispositivos para o Android 8.0 Oreo, implementando algumas mudanças sutis em sua interface própria, como o novo visual do app Moto e de alguns aplicativos nativos, além de entregar também as alterações feitas pela própria Google no novo sabor do robozinho verde.
Dentre os modelos agraciados até aqui, temos o flagship Moto Z2 Force, que até então é tido como o modelo Android mais rápido do mercado nacional. Chegou então a hora de refazer nosso completo teste de desempenho com o aparelho para ver se ele se mantém no topo de nosso ranking após a atualização, permitindo assim que os usuários que já o possuem ou pensam em adquiri-lo tenham uma boa ideia de sua nova performance.
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As especificações técnicas do Moto Z2 Force incluem um chipset Qualcomm Snapdragon 835 com oito núcleos a até 2,35 GHz, GPU Adreno 540, 6 GB de RAM e 64 GB de espaço para o armazenamento interno, que pode ser expandido via microSD de até 2 TB. Este conjunto precisa lidar com uma tela Quad HD Super AMOLED de 5,5 polegadas, contando assim com uma densidade aproximada de 535 ppi.
Será que o Moto Z2 Force se manterá como rei em desempenho? Continue descendo e descubra!
O nosso primeiro teste consiste em medir quanto tempo o Moto Z2 Force leva para abrir uma dúzia de apps. Na lista selecionada temos os apps nativos de Câmera, Galeria, Chrome e Configurações, enquanto outros foram baixados, como Facebook, WhatsApp, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Asphalt 8.
Já na primeira volta vimos que o Moto Z2 Force perdeu bem mais tempo do que vimos com o Android 7.1.1 Nougat, levando 47 segundos e 70 centésimos para abrir todos os apps e retornar ao cronômetro, um atraso de nada menos do que 7 segundos em relação ao teste anterior. Isto se deu principalmente pelo aplicativo de câmera e pelo Facebook, que demoraram alguns segundos a mais para ser carregados.
Passando para a segunda volta, felizmente tivemos um tempo bem similar ao que foi marcado anteriormente, sendo necessários apenas 15 segundos e 88 centésimos para que pudéssemos reabrir todos os apps e voltar ao cronômetro, garantindo assim um tempo total de 63 segundos e 58 centésimos.
Com a marca, o Moto Z2 Force deixa o "top 3" de modelos mais rápidos do mercado nacional a passarem por nossas bancadas, posto que agora pertence a iPhone X, iPhone 8 Plus e Xperia XZ Premium. Ainda assim, ele continua figurando como um dos flagships mais velozes, superando modelos como Galaxy S8, Xperia XZ1 e G6.
Seguindo aos testes de benchmark, começamos pelo AnTuTu, que ganhou uma nova roupagem recentemente e com isso teve também seu algoritmo bem reformulado, fazendo com que vários modelos tivessem um acréscimo considerável na pontuação. Este foi o caso do Moto Z2 Force, que passou de cerca de 180 mil pontos para 194.030 pontos, ganho que pode estar também relacionado à chegada do Android 8.0 Oreo mas que tem grande influência da própria ferramenta.
No GeekBench a situação já não foi tão animadora, sendo encontradas quedas em todas as pontuações da ferramenta. Nos testes de CPU, o single-core baixou de 1921 para 1851 pontos, enquanto no multi-core tivemos uma redução de 6699 para 6580, ficando ambos na mesma faixa do que alcançamos com Pixel 2, Pixel 2 XL e Xperia XZ1, todos com Android 8.0 Oreo e especificações técnicas similares.
Passando ao teste de GPU, a pontuação agora foi de 7.893 pontos contra 7.935 da execução anterior, novamente representando uma queda mas ainda ficando na mesma média de outros modelos com Adreno 540 e o novo sabor do robozinho verde.
O 3D Mark também ganhou uma nova versão recentemente, incluindo agora dois algoritmos de pontuação em seu teste Sling Shot Extreme, onde são exibidas marcas para o uso do OpenGL ES 3.1 (como já acontecia anteriormente) e também do Vulkan, dando uma ideia de como os dispositivos se saem com títulos mais recentes e otimizados para a nova API gráfica.
Neste teste, tivemos 3.010 pontos na variante com OpenGL ES 3.1, o que é uma queda considerável frente aos 3.697 marcados anteriormente. Já com a Vulkan foram alcançados 2.174 pontos, demonstrando um desempenho satisfatório para o nicho topo de linha.
Por último, mas não menos importante, temos também o GFX Bench, onde mais uma vez foram encontradas quedas em todas as pontuações. No Manhattan, passamos de 30 fps na versão onscreen e 45 fps na offscreen para 25 e 38 fps, respectivamente, enquanto no T-Rex foi marcada uma redução de 57 para 54 fps no onscreen e de 87 para 79 no offscreen.
Chegamos então ao teste prático com jogos, onde usamos o GameBench para medir a taxa média de quadros por segundo alcançada por eles, bem como o consumo de CPU e RAM. Caso esteja interessado no app, estará disponível mais abaixo um link para download na Play Store, e você pode conferir também o tutorial que fizemos para ajudar a configurá-lo corretamente em seu aparelho.
No Asphalt 8, tivemos uma ligeira queda na média de quadros por segundo, baixando de 30 para 29 fps. O consumo de CPU aumentou um pouco, de 4 para 6%, mas ao menos o de RAM diminuiu, passando de 661 para 409 MB.
Já no Injustice 2 a situação foi um pouco melhor, sendo mantidos os 30 fps em média com redução tanto no consumo de CPU quanto de RAM, com o primeiro caindo de 7 para 5% enquanto o segundo passou de 918 MB para 619 MB.
O mesmo pode ser dito sobre o Modern Combat 5, que ainda viu sua média de quadros por segundo subir de 59 para 60 fps, com a CPU estando ocupada em 5% contra incríveis 42% marcados no Android 7.1.1 Nougat e a RAM em 489 MB contra 589 MB na versão anterior do sistema.
Infelizmente, o Vainglory não fazia parte de nossa grade do teste de desempenho com jogos, então não comparamos a fluidez de agora com o que acontecia com o Android 7.1.1 Nougat. Ainda assim, tivemos algo mais do que satisfatório, com 60 fps em média, CPU em 5% e RAM em 728 MB.
Nos títulos mais simples, tivemos o Subway Surfers passando de 59 para 60 fps em média, com consumo de CPU subindo de 4 para 6% e de RAM caindo de 361 para 232 MB. Já no Clash Royale foram mantidos os 59 fps, com CPU também se mantendo em 3% e RAM caindo de 396 para 312 MB.
Depois de todos estes testes, foi possível vermos que em alguns pontos o Moto Z2 Force teve uma ligeira queda na performance em relação ao que tínhamos no Android 7.1.1 Nougat, principalmente devido a aplicativos nativos mais complexos e, consequentemente, pesados.
Ainda assim, ele continua sendo uma ótima opção tanto no mercado nacional quanto para quem considera modelos importados, dando conta do recado por mais uns bons anos sem preocupação com engasgos ou travamentos, principalmente no que diz respeito aos jogos e multitarefa.
Roteiro, gravação e produção por Wallace Moté.
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