20 Setembro 2018
Sendo o app de mensagens mais utilizado por nós brasileiros, o WhatsApp é sem sombra de dúvida a ferramenta preferida entre as pessoas mal-intencionadas quando o assunto é espalhar a desinformação. Como vemos quase que semanalmente aqui no TudoCelular, o aplicativo é usado para espalhar desde os mais diversos golpes até as tão comentadas fake news.
Depois de ter implementado recentemente alguns recursos para inibir a proliferação de mensagens, agora, a companhia responsável pelo app lançou uma campanha de mídia para orientar as pessoas sobre a distribuição de notícias potencialmente falsas.
Em um anúncio veiculado no jornal O Globo, a empresa orienta seus usuários a procurarem por sinais que ajudem a identificar que determinada informação é falsa, como o fato de serem encaminhadas de um remetente desconhecido ou até mesmo não ter uma fonte segura que determine a veracidade da história. A companhia ainda pede que caso uma informação falsa seja detectada, que o usuário não a compartilhe e informe ao remetente que a mensagem não é verdadeira.
Depois de ter anunciado na Índia, seu maior mercado, que vai instaurar uma força tarefa para combater as notícias falsas, essa é uma das primeiras vezes que a companhia emite um comunicado em nosso país alertando sobre a proliferação das fake news. No país asiático, um dos mais populosos do mundo, o compartilhamento de mensagens de conteúdo duvidoso já levou a casos de linchamentos e o governo Indiano anunciou que irá responsabilizar a empresa caso aconteçam novas mortes relacionadas a falsos boatos difundidos através da plataforma.
A iniciativa tomada pelo WhatsApp chega como uma tentativa para evitar que a situação no Brasil chegue a casos extremos, como aconteceu na Índia, e que o compartilhamento de informações falsas não seja danoso a democracia neste período eleitoral. Por aqui, um dos casos mais recentes do compartilhamento de notícias falsas acabou comprometendo o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, afirmando que ele havia pego carona com três milicianos – o caso acabou sendo resolvido pelo jornal O Globo, que verificou a identidade das três pessoas e constatou que não eram milicianos.
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