O WhatsApp definitivamente não está tendo um bom momento com relação às notícias falsas que se espalham cada vez mais em diversos países de todo o mundo. Como sendo um dos cinco países com maior número de usuários do mensageiro - bem como o Brasil, Africa do Sul, Nigéria e Alemanha -, a Índia se viu em uma situação extremamente complicada devido ao uso indiscriminado de fake news.

Dezenas de casos já relatados incluíram linchamentos por conta de boatos e até mesmo uma série de mortes de inocentes provocadas por pessoas que acreditavam cegamente em qualquer suposta notícia que surgia enviada por um colega, amigo ou parente extremamente desinformado.

Agora, pela primeira vez na história da plataforma de comunicação social, o WhatsApp acaba de iniciar a divulgação em larga escala de uma propaganda que será vinculada em canais da televisão indiana para tentar conscientizar, alertar e reduzir a tamanha distribuição de notícias falsas pelo país.

O vídeo começa com Geetha, uma mulher apaixonada por culinária que utiliza o WhatsApp para compartilhar suas receitas e fotos para parentes e amigos além de receber de tais contatos muitos elogios, "mas hoje ela recebeu uma mensagem que possui um alerta", diz o narrador, "pedindo para que ela compartilhasse um rumor."

Geetha alerta a sua avó: "alguns rumores podem ser perigosos para várias pessoas; apenas delete essas mensagens", e segue então bloqueando o número desconhecido e com o narrador encerrando: compartilhe alegria, não rumores.

Em outro vídeo publicitário vemos um estudante que concentra em seu grupo da universidade vários membros, até que uma fake news é compartilhada para os usuários.

O WhatsApp na Índia conta com uma série de mudanças em relação ao restante do mundo como o limite de compartilhamento para minimizar o alcance de notícias falsas. Resta saber se tais investimentos na plataforma do Facebook terão efeitos práticos nos próximos meses ou se a grande quantidade de pessoas no mensageiro seguirá preocupando as autoridades e criando ainda mais notícias falsas.