O debate se jogos violentos torna uma pessoa agressiva já exista há décadas e volta e meia ressurge quando um ocorrido lastimável, como um tiroteio escolar, acontece. Até agora não houveram evidências concretas para apoiar a teoria que jogos eletrônicos podem influenciar negativamente uma pessoa; até porque dá para se consumir imagens violentas em qualquer televisão por aí.

Uma pesquisa liderada pelo psicólogo Dr. Steve Most, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, focou em como jogadores e não-jogadores são afetados por imagens grotescas e inquietantes, quando vendo muitas imagens em rápida sucessão.

Para testar isso, o sistema mostrava as 17 imagens com intervalos de 100 milissegundos de uma para outra. A maioria das figuras era de paisagens, mas uma foi rotacionada em um certo ângulo. Os indivíduos testados eram, então, pedidos para informar em qual direção a imagem foi girada.

Apesar de parecer simples, o incremento de fotos chamadas "distratoras" que iriam aparecer pouco antes da imagem rotacionada. As imagens seriam tão simples (um animal, por exemplo), como gráficas (violência física) ou nojentas (uma "privada suja").

De acordo com os resultados, quem joga frequentemente (mais de 5 horas por semana) foi capaz de discernir melhor a direção da rotação, mesmo com as imagens distratoras incluídas. Sem as imagens gráficas ou nojentas incluídas, todos os participantes tiveram resultados similares, o que fez os cientistas descartarem a possibilidade de jogadores serem apenas melhor em reconhecer imagens em movimento.

Dr. Most reitera:

Nosso estudo foca na percepção e como ela pode ser perturbada por estímulo negativo. Isto é muito diferente de outras pesquisas que buscam a ligação entre jogos eletrônicos violentos e comportamento social, como a agressão.