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Qualcomm e Montblanc detalham criação do Summit 2 e diferenças frente ao Gear S3

20 de janeiro de 2019 9

A Montblanc é uma companhia alemã conhecida quase que exclusivamente por seus artigos de luxo, em especial as renomadas canetas e os perfumes tão populares entre as classes mais altas da sociedade.

Como comentamos ainda em meados de novembro de 2018, porém, a empresa está na segunda geração de seu relógio inteligente Summit, que agora embarca a plataforma Snapdragon 3100 para levar o máximo em tecnologia para quem busca um smartwatch com ênfase no design.

O Summit 2 começou a ser vendido no Brasil ainda em dezembro do último ano, com preço partindo de R$ 4.365 e podendo chegar a R$ 5.400, dependendo da versão escolhida.

Em um bate-papo realizado durante a movimentada CES 2019 foi possível descobrir mais sobre seu processo de criação e o porquê dele ser tão mais caro que os demais smartwatches vistos em nosso país, além de conversarmos também com o responsável pela divisão de vestíveis da Qualcomm, que nos deu a visão da empresa sobre este ainda tão inexplorado mercado.

Montblanc e o mercado de vestíveis

A primeira questão levantada durante a conversa foi justamente o motivo que levou a Montblanc, uma empresa reconhecida por produtos de luxo, a investir no mercado de dispositivos vestíveis, ou mais especificamente no de smartwatches.

Segundo Felix Obschonka, diretor associado de novas tecnologias da Montblanc, o maior objetivo da empresa era "mostrar como se faz", pois até então a maioria dos relógios inteligentes estava se aproximando mais de "smartphones de pulso" do que de relógios de fato.

Pela visão da Montblanc, relógios são itens muito mais pessoais do que os smartphones, sendo utilizados majoritariamente como peças de vestuário, e por isso precisam de um cuidado especial em relação ao design, ergonomia e até funções agregadas.

Obschonka chegou a mencionar a linha Gear S da Samsung, que começou com produtos extremamente desajeitados (seja no visual ou nas funcionalidades oferecidas) e foi sendo aprimorada a cada geração para se aproximar dos relógios tradicionais, já que isso é o que a maioria dos usuários procura.

Isso tudo faz parte da filosofia da Montblanc de pensar seus smartwatches "de fora para dentro", ou seja, vendo os produtos primeiro como itens vestíveis (a palavra wearables nunca fez tanto sentido) e só depois como equipamentos tecnológicos, fazendo-os herdar características da linha tradicional de relógios da marca.

Além do design, outro ponto muito importante para a Montblanc é a autonomia de bateria, já que ninguém quer um relógio que precise ser recarregado diariamente, ou que até mesmo chegue ao ponto de te deixar na mão antes do final do dia. E isso nos leva ao próximo tópico.

Montblanc e Qualcomm
Pankaj Kedia (à esquerda) e Felix Obschonka (à direita)

De acordo com a Montblanc, a empresa pesquisou muito na hora de escolher qual fabricante seria a responsável por prover "o cérebro" do Summit 2, e acabou optando pela Qualcomm por enxergar na companhia estadunidense um conjunto mais interessante em termos de funcionalidades embarcadas e, principalmente, consumo energético.

O Snapdragon 3100 foi pensado especificamente para resolver um dos principais problemas de smartwatches, apostando na "proporção 95:5" para oferecer a melhor experiência possível quando o usuário estiver de fato manuseando o dispositivo e o menor consumo enquanto ele estiver sendo usado apenas como um relógio tradicional, com seus demais processos em segundo plano.

Segundo Pankaj Kedia, diretor sênior e líder de negócios da área de Smart Wearables na Qualcomm, inúmeras pesquisas de comportamento indicaram que os usuários manipulam seus smartwatches apenas 5% do tempo, mantendo-os em standby nos 95% restantes.

Pensando nisso, a Qualcomm trabalhou em uma nova arquitetura para o Snapdragon 3100, permitindo a entrega da potência esperada durante curtos períodos de tempo enquanto a maior parte dos processos seria realizada em segundo plano, reduzindo assim consideravelmente o consumo.

Para se ter uma ideia, o Summit 2 conta com um modo "apenas relógio" que pode ser ativado automaticamente ao atingir um nível crítico de bateria, e com ele o dispositivo ganha uma autonomia extra de até uma semana, de acordo com a Montblanc, já que apenas o núcleo menos potente será utilizado para mostrar as horas.

Summit 2 pode ser usado por até uma semana com bateria crítica no modo "apenas relógio"

Outro ponto importante para a Montblanc que levou ao uso do Snapdragon 3100 foi a possibilidade de definir exatamente o que precisaria em seu smartwatch, já que a Qualcomm permite que sua parceiras decidam por conta própria sobre a necessidade de redes 4G, Wi-Fi, Bluetooth e NFC, por exemplo.

Para a Montblanc a função mais importante de um relógio inteligente é o NFC, já que facilita consideravelmente o uso de sistemas de pagamento móvel, algo cada vez mais comum em muitos países. Em segundo lugar fica o sensor de batimentos cardíacos (também presente no Summit 2), e por fim o GPS, que pode ser utilizado tanto para navegação quanto para rastreamento de atividades físicas.

Ainda sobre atividades físicas, a Montblanc investiu em um "pacote completo" de resistência no Summit 2, incluindo certificação ATM5 para quem pretende usar o relógio durante a natação e vidro Safira para que você não precise se preocupar se acabar caindo durante uma trilha de mountain bike, por exemplo.

Na parte do software, as watch faces são essenciais para passar a experiência desejada ao usuário, pois será a forma em que o relógio mais será utilizado (lembrando da proporção 95:5). No Summit 2 são entregues oito faces customizáveis de fábrica, que têm como inspiração os relógios da própria marca e contam com suporte à nova API do Snapdragon 3100, onde mesmo em standby as cores são mantidas.

É possível ainda baixar novos visuais em apps de terceiros, mas a compatibilidade com o modo colorido em standby depende do desenvolvedor responsável por aquela watch face.

Por fim, foi dito ainda que muitas melhorias estão por vir para o Summit 2 como fruto da parceria entre Qualcomm e Montblanc, sendo esperado que o Android Wear presente no dispositivo se torne cada vez mais otimizado para a plataforma Snapdragon 3100, e que novas opções de personalização tornem a parte visual do dispositivo ainda melhor com o passar do tempo.

Será que o Summit 2 é um sinal de que os smartwatches podem enfim substituir os relógios convencionais? Ou ainda é muito cedo para pensar em comprar um wearable? Não esqueça de comentar abaixo!

O editor Wallace Moté viajou para Las Vegas a convite da Qualcomm.


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