31 Janeiro 2021
Não é de hoje que Huawei e Estados Unidos vivem uma relação conflituosa. Na última semana, o governo norte-americano deu o primeiro passo para proibir a comercialização de produtos da fabricante chinesa no país.
E nesta semana a situação ficou ainda pior. Google vem suspendendo as operações comerciais com a Huawei. Esta mudança será gradual e pode pôr em risco definitivo a parceria entre as duas empresas.
E como isso afeta você usuário de smartphone da Huawei? O nosso Detetive TudoCelular responde as maiores dúvidas do público que ficou chocado com essa decisão do governo norte-americano.
Quem já possui um celular da marca vai continuar usando tranquilamente. As atualizações, no entanto, ainda é algo incerto. Google pode continuar fornecendo updates para Huawei (incluindo os pacotes mensais de segurança) ou a gigante chinesa terá que se virar por conta própria.
O problema fica para os futuros lançamentos da marca. Caso Google realmente corte o fornecimento do Android para a Huawei, a gigante teria que buscar uma alternativa. Há relatos de que a mesma estaria trabalhando em próprio sistema desde 2016, e o vice-presidente de operações da Huawei na Europa Ocidental confirmou isso recentemente.
Huawei também pode continuar usando o código AOSP do sistema sem a intervenção do Google. Claro que não teríamos os apps nativos e serviços da gigante das buscas, mas a própria Xiaomi já trabalhou com software modificado e não assinado pelo Google.
Huawei segue com licença temporária
A fabricante chinesa recebeu uma licença temporária por parte da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, a qual permitiu que a empresa liberasse atualizações de software aos dispositivos móveis já vendidos aos seus clientes.
A empresa seguirá operando nos Estados Unidos até 19 de agosto, mas precisa ter autorização do governo para qualquer novo acordo realizado no país. Depois desse prazo de três meses será definido se a empresa continuará atuando no país ou se será banida definitivamente.
A Huawei já foi acusada anteriormente de fazer espionagem com seus equipamentos 5G. Com o banimento da chinesa do mercado norte-americano, sobraria para Samsung investir na tecnologia e roubar o mercado que pertenceria à Huawei.
Para piorar a situação, há relatos que Qualcomm, Intel, Broadcom, entre outras, também deixariam de vender componentes para a Huawei. A chinesa pelo menos possui independência em alguns setores, como a produção de chipsets com a linha Kirin da HiSilicon.
Mas, sem dúvidas, isso atrasará a implementação da tecnologia 5G, que tem como a Huawei a líder indiscutível do segmento.
Apple e Huawei brigam pela segunda posição entre as marcas que mais vendem celulares no mundo, ficando atrás apenas da Samsung. Com o banimento nos EUA e vários outros países (Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Noruega) a participação de mercado da empresa tenderá a cair.
Em 2018, Huawei vendeu 200 milhões de smartphones e para 2019 estima uma meta ainda maior, mas que agora será abalada pelos recentes acontecimentos. Talvez a expansão para novos mercados, incluindo Brasil, ajude a frear a queda nas vendas, mas a situação tenderá a se agravar nos próximos meses.
Enquanto isso, chineses se revoltam com a situação e prometem boicotar Apple na China.
Apesar de o governo Trump ter solicitado que o nosso governo também impeça a Huawei de atuar no país, até agora nenhuma medida foi adotada.
A empresa retornou recentemente ao mercado nacional depois de um longo hiato e vem investindo para recuperar o tempo perdido.
Por aqui tivemos o lançamento do P30 Lite e P30 Pro que não serão afetados pela medida do Google, mas não sabemos como ficarão os futuros lançamentos da marca no Brasil.
Enquanto aguardamos por mais informações, o que você acha disso tudo? Ainda pretende adquirir um smartphone da marca ou buscará outras opções? Comente abaixo.
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