Economia e mercado 02 Dez
Na última semana, uma megaoperação da Secretaria Estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo (Sefaz-SP) apreendeu mais de 30 mil produtos da Xiaomi que seriam vendidos por meio do Mercado Livre, sem pagar impostos. Agora, empresas rivais da chinesa criaram um dossiê sobre as companhias que costumam realizar essa prática.
Em reportagem do portal UOL, o subcoordenador da Sefaz-SP, Vitor Manuel dos Santos Alves Junior, relata que as demais fabricantes reclamaram e entregaram um documento com informações sobre a venda de produtos com sonegação de impostos, o que faz os preços caírem pela metade em relação às operações oficiais da marca no país.
O funcionário não chegou a revelar quais foram as concorrentes, mas destacou que a investigação não inclui somente a Xiaomi. Contudo, a empresa é a que mais aparece entre os produtos com ocorrência de fraude.
“Nós queremos promover um ambiente de concorrência leal com as marcas. É prejudicial não só ao estado, mas a outros fabricantes que se instalaram e investiram aqui.”
Vitor Manuel dos Santos Alves Junior
Subcoordenador da Sefaz-SP
Ao longo dos quatro meses de investigações, o Sefaz descobriu que as mercadorias vinham do Paraguai – sem documentação – e eram comercializadas por meio de empresas de fachada – chamadas “noteiras”.
Esse método serviria como forma de “burlar” o sistema de marketplace, uma vez que deveria haver uma cobertura por nota fiscal para armazenar o produto no local.
A Sefaz chegou a declarar, em comunicado oficial, que um dos alvos da operação teria sido a representante da Xiaomi no Brasil, ou seja, a DL Eletrônicos – sem mencioná-la diretamente. O logotipo da companhia chega a aparecer em algumas caixas entre os aparelhos apreendidos.
No entanto, a DL retornou ao UOL para afirmar que não possui conhecimento sobre o caso. Por outro lado, a Secretaria prefere manter os nomes de todos os alvos em sigilo.
Entre as consequências das investigações, estão punições para os sites que hospedam essas empresas que vendem nos chamados “marketplaces”. Segundo Alves Junior, a plataforma é responsável pelos produtos que são comercializados por ela – mesmo se for “vendido e entregue por” um terceiro.
E aí, qual é o seu palpite para a conclusão desse caso? Participe conosco!
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