Lançamentos 29 Abr
O jogo Kingdom Two Crowns é o terceiro título da franquia Kingdom, lançado em 2018 para consoles e PCs. Ele foi desenvolvido pela Fury Studios e é publicado pela Raw Fury. Um ano e meio depois da sua chegada oficial, a publisher ampliou a sua disponibilidade para dispositivos móveis com os sistemas operacionais Android e iOS.
Além da chegada aos smartphones, o game também recebeu uma nova expansão, lançada para todas as plataformas de maneira simultânea. Chamada de Dead Lands, ela chega com um novo mundo e mais personagens aos jogadores.
Para saber a chegada aos dispositivos móveis foi uma decisão acertada, o TudoCelular experimentou a sua versão para o sistema operacional do Google e fez a análise completa do jogo. Confira:
Estas são as três premissas do jogo: construir, expandir e defender. Você inicia como um Monarca, o qual deve criar o seu reino por meio de tesouros acumulados de várias maneiras. O primeiro método é por baús espalhados no cenário.
Ao criar a sua base, você terá de recrutar aldeões – ao dar uma moeda a eles – e os transformar em alguma das classes básicas. Duas se destacam: construtor ou arqueiro. Eles serão os responsáveis pela ampliação e proteção do reino ao longo dos dias, os quais duram poucos minutos.
Classes
Aí você deve se perguntar: qual classe é a mais importante? A resposta é que, apesar de exercerem diferentes funções, as de construção e combate são fundamentais para você crescer no jogo. Por isso, é essencial ter uma quantidade equilibrada dos dois.
Para criar um mercador, por exemplo, basta construir um martelo – que custa três moedas – a um recruta. Ele é o encarregado por construir e arrumar os muros, derrubar as árvores, criar portais de teleporte e expandir o reino.
Já um arqueiro demanda a criação de um arco com duas moedas. Este já se encarrega de proteger diretamente o reino, quando é atacado durante à noite. Ele também caça animais, o que gera mais moedas ao Monarca.
Conforme o seu progresso, será possível criar outras classes de personagens, como o fazendeiro e o escudeiro. Eles também têm funções distintas, tais quais cultivos durante o dia e combate corpo a corpo.
Caso algum deles seja atacado e tenham suas armas roubadas, eles viram “vagabundos”, os quais poderão voltar a desempenhar seus papeis caso você crie novas armas ou ferramentas a eles.
Proteção do reino
Ao chegar no período noturno, a Ganância sai de portais localizados nas extremidades das ilhas para atacar o reino. Os desordeiros chegam pelos dois lados e roubam moedas, ferramentas e, em um caso extremo, até a coroa do Monarca.
A função das classes guerreiras é combater os gananciosos que aparecem, antes de trazerem prejuízos ao reino. Para isso, é importante que os construtores já tenham criado muros nos entornos do lugar, a fim de segurá-los enquanto os personagens de segurança agem.
Vai chegar um momento em que você poderá reunir seus protetores e destruir os portais por onde a Ganância sai.
Cinco ilhas
Ao todo, são cinco ilhas que você poderá expandir o reino no jogo. Para isso, é necessário reconstruir um barco que aparece quebrado na primeira ilha. Inclusive, a inicial é a mais rápida para expandir seu reino. As outras deverão trazer a você mais dificuldades e desafios.
OBS: Para dar o mínimo de spoilers, o vídeo de gameplay foca em mostrar as ações mais básicas e necessárias para expandir o reino e as expansões disponíveis.
Uma das principais características do jogo é ter uma mecânica 2D. Nele, você somente se locomove para os lados. Apesar de ter caminhos limitados, essa é uma característica que parece se encaixar bem no celular.
Sem botões de controle no display, basta arrastar para os lados em qualquer parte da tela para se locomover, além de dar um toque simples, a fim de deixar cair moedas ou depositá-las em alguma nova construção.
Gráficos não são o ponto forte
Apesar de o seu visual minimalista em pixel art agradar na experiência, não espere aqui a mesma qualidade gráfica encontrada nos consoles e PCs para os dispositivos móveis. A imagem do cenário se importa com detalhes importantes, como o reflexo da superfície, das árvores e dos objetos na água, mas você percebe que poderia haver uma melhoria para aproximar ao observado em outras plataformas.
Uma falha neste caso é a falta de uma opção nas configurações para ajustar a experiência visual, conforme o potencial do seu celular. Assim, o gráfico inferior poderia ser rodado em aparelhos mais básicos, mas você teria como ampliar a qualidade conforme o seu desejo e a capacidade do smartphone.
Como já informado, o jogo recebeu a expansão Dead Lands, que acrescenta novos personagens – a shardbinder Miriam, o caçador de demônios Zangetsu, o invocador Gebel e o alquimista Alfred – e um cenário mais sombrio, com referências ao jogo Bloodstained: Ritual of the Night.
Além desse cenário, há o clássico com a paisagem medieval mais convencional e o Shogun. Este último consiste em levar o jogador à cultura do Japão feudal, com inimigos dentro de florestas de bambu. Já os personagens passam a ser Xogum ou Onna-bugeisha, com Kirin de montaria.
Um destaque é que você pode iniciar uma partida em cada expansão. Isso porque Kingdom Two Crowns oferece três slots para salvar seus progressos, com a possibilidade de alternar entre eles a cada tempo, ou reiniciá-los, caso queira começar do zero ou trocar de cenário.
Aqui, está um impasse. A versão do jogo para smartphones oferece a possibilidade de um modo cooperativo na mesma tela. A opção divide o display na horizontal e coloca um Monarca em cima e outro embaixo.
A depender da posição do celular, a disposição muda. Com o aparelho em pé, a aparência fica assim como o mostrado na captura acima, o que dificulta a experiência simultânea. Já ao deixar o smartphone deitado em uma superfície, é possível tornar a opção mais viável, desde que cada jogador fique em uma extremidade do portátil – como você pode ver abaixo.
Kingdom Two Crowns é um jogo que une dinamismo e paciência. Isso porque um dia durar alguns minutos demanda que você tenha ações rápidas para manter o reino seguro durante a noite. Por outro lado, você deve expandir aos poucos o que tem. Nem sempre dá para fazer um grande progresso diário, mas o importante é nunca deixar passar um dia sem cuidar da ampliação do local.
Ambas as características são capazes de prender o jogador por horas no game, o que é um ponto positivo. Além disso, ter a possibilidade de trazer mais classes conforme a expansão ainda passa a exigir a estratégia do gamer para proteger o reino da melhor forma possível.
A sua mecânica 2D também ajuda a definir claramente os movimentos para onde o Monarca deve ir e mostra que esse tipo de título ainda possui um grande espaço no mundo gamer. Os gráficos para dispositivos móveis não ajudam a tornar a experiência perfeita, mas pode ser algo que não te incomode para jogar em um celular, caso não seja tão exigente.
O modo cooperativo com tela dividida também pode ser um problema nos smartphones, com cada personagem em uma das extremidades da tela. A solução online dos consoles e computadores parece ser a mais adequada.
Vale a pena?
E aí, chegamos na parte que mais interessa: compensa pagar pelo game para dispositivos móveis? Pelo preço atual de R$ 43,99 da Google Play, não. Ele fica acima dos valores cobrados por Steam (R$ 37,99) e Microsoft Store (R$ 39) para PC e Xbox One, respectivamente. Só perde para os R$ 83,50 da edição para PS4.
Na App Store, para iPhone, o game custa mais barato: R$ 37,90. Aqui já é possível considerar o investimento, visto que está equivalente a outras plataformas e a experiência em um smartphone para esse tipo de jogo pode ser melhor ao jogador.
O jogo Kingdom Two Crowns pode ser adquirido nas respectivas lojas oficiais para Android e iOS. Os links para download estão disponíveis no card localizado abaixo do texto.
Qual é a sua avaliação sobre o game da Raw Fury? Participe conosco!
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