O Telegram está sofrendo pressão para revelar dados de usuários que teriam cometido crimes de pirataria da Suprema Corte de Delhi, na Índia. Dessa forma, o aplicativo deve fornecer informações a respeito dos canais, endereços de IP, e-mails e números de celular das pessoas. Além disso, a empresa tem que revelar quais dispositivos são usados para disseminar o conteúdo de forma ilegal.

Vale lembrar que o mensageiro já foi condenado em Israel por não mostrar eficiência no combate às ações em seus canais e grupos. O ocorrido foi no ano de 2021 e em 2020 um outro caso parecido com o da Índia aconteceu na Itália. Na ocasião, a pressão se deu por conta de pirataria dos jornais no país, o que gerou essa situação.

Na Índia, a origem do problema se deu pela denúncia de uma professora, que teve o seu material divulgado em canais dentro do Telegram. Ela alega que seus PDFs e videoaulas foram distribuídos sem que ela permitisse. O aplicativo, por sua vez, disse que jamais revela os dados de seus usuários, tendo apenas terrorismo como a única exceção.

Isso gerou um debate entre os juízes da Corte, com várias opiniões discordando das ações do Telegram. Por exemplo, um deles disse que os crimes cometidos por usuários do mensageiro não podem ficar sem punição, mesmo que seus servidores estejam instalados em Cingapura. A empresa ainda não se pronunciou a respeito da decisão da Suprema Corte.

É válido dizer que a pirataria ainda atormenta muitos países ao redor do mundo, até mesmo o Brasil, que chegou a ter aplicativos e sites derrubados pela justiça por conteúdo desse tipo dentro do Metaverso.