Lançamentos 06 Fev
A crise de demissões que tem afetado as big techs também tem se estendido a estúdios e a suas ramificações no mundo do entretenimento digital. É o caso da Disney, que divulgou recentemente seu balanço financeiro do último trimestre do ano passado, que incluiu ainda o total de assinantes do Disney Plus —161,8 milhões de usuários, uma queda de 2,4 milhões em relação ao trimestre anterior e primeira vez que o streaming tem uma queda nesse número desde 2019, quando foi lançado.
Um dos motivos, explica o balanço, é a diminuição nos assinantes do Disney Plus Hotstar, um serviço de streaming disponível na Índia e em algumas partes do Sudeste Asiático. Em especial, esse serviço perdeu os direitos de transmissão no ano passado para a Indian Premier League , uma popular liga de críquete do país. Só nesse serviço, a queda foi de 61,3 milhões de assinantes no trimestre anterior para 57,5 milhões no final do ano.
Com isso, o streaming se afasta da meta de atingir entre 215 e 245 milhões de assinantes até o final de 2024. Há ainda o desafio de tornar o Disney Plus mais lucrativo, apesar dos resultados razoavelmente positivos como um todo —a receita da empresa aumentou em 8%, para US$ 23,5 bilhões, dentro da expectativa de analistas.
Também aumentaram os assinantes de outros streamings da empresa, como o Hulu e ESPN Plus, mais populares na América do Norte.
A notícia ruim deve ficar para os funcionários, já que os resultados influenciaram uma reestruturação significativa, com cortes de cerca de 7.000 funcionários, um total de 3% da força de trabalho global da empresa.
"Tenho um enorme respeito e aprecio a dedicação de nossos funcionários em todo o mundo", disse o CEO da Disney, Bob Iger, durante a teleconferência de resultados . "Embora isso seja necessário para enfrentar os desafios que enfrentamos hoje, não tomo essa decisão levianamente."
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