24 Abril 2015
A Xiaomi enfrentou recentemente uma decisão judicial que pode colocar em risco todo o futuro da empresa em mercados emergentes. Por ter infringido patentes da Ericsson, a empresa não poderá mais comercializar os seus smartphones na Índia, o que além de ser péssimo para a empresa pode se tornar também um problema muito maior em uma pequena guerra no mundo de patentes.
Com marketing mínimo e um público muito fiel, a Xiaomi começou a vender na Índia em julho deste ano e viu o seu crescimento no país decolar. Os aparelhos da empresa já vendem mais do que os de baixo custo da Google rodando Android One. "Foi muito mais do que esperávamos. A comunidade realmente nos abraçou", disse Hugo Barra, até então CEO da Xiaomi, em declaração à Reuters.
A recente proibição, que veio à tona na última quarta-feira (14) e proíbe a companhia de vender no país, porém, foi arquivada pela fabricante de equipamentos de telecomunicações Ericsson. Em 5 de fevereiro o tribunal deverá ouvir o caso novamente, e até lá, a batalha poderá ser ainda mais específica e rigorosa.
A jovem companhia pode enfrentar alguns problemas sobre direitos de propriedade intelectual (IP) até a data posterior.
Fontes próximas a Xiaomi dizem que a sua liderança reconheceu privadamente, durante anos, a sua vulnerabilidade sobre as patentes e complicações que isso poderia trazer à empresa. Os maiores riscos de quebra de patente que a empresa pode enfrentar não é nem deixar de vender, e sim deixar de crescer em países asiáticos, onde atualmente concentra-se o maior público da Xiaomi.
Em comunicado, a Xiaomi diz que "não é fácil" para construir um portfólio de patentes com uma empresa de start-up, mas pretende ter arquivado cerca de 8 mil pedidos até 2016.
Até mesmo na sua própria casa a Xiaomi vem enfrentando controvérsias sobre IP's com outras empresas chinesas, principalmente sobre os direitos de conteúdo do seu serviço de streaming para TVs.
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