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Android Auto: a forma mais esperta de dirigir um carro inteligente [review]

08 de fevereiro de 2016 10

O Android Auto está longe de ser uma novidade no mercado, já que o sistema para carros - e também para aparelhos de som em carros - foi anunciado lá com o Android Lollipop, mas esta realidade ainda está longe dos brasileiros. Os primeiros carros que aceitam o sistema do Google e que foram lançados no Brasil, chegaram do meio de 2015 para cá e nós conseguimos um deles, o Fox Track 2016 da Volkswagen. Com ele, consegui testar pela primeira vez o Android Auto e minhas impressões do sistema, você encontra nas linhas abaixo.

Sim, já dava para comprar um carro importado e fazer tudo funcionar perfeitamente, mas o sistema do Google finalmente chegou aos usuários com mais facilidade ao aportar em um modelo de veículo que está longe de ser de luxo, ou que custe uma fortuna. Os carros ainda custam caro no Brasil, mas um Fox de quase R$ 50 mil é muito mais barato do que um Bentley, Dodge ou até um Chrysler. Foi com ele, o Fox, que veio do amigo Renato Maia (que escreve para o Falando de Carro), que coloquei minhas mãos em um Android Auto, pela primeira vez.

O que ele faz?

Os carros já estavam vindo com sistemas mais inteligentes no console, que conta com GPS, música via Bluetooth e alguns até com conexão 3G/4G, mas a interface nunca foi amigável e também nunca foram velozes. As telas de toque levam tempo para responder e os mapas são atualizados com menor frequência do que um Google Maps da vida, por exemplo. O Android Auto chega justamente para substituir este sistema e entregar tudo que é processado pelo smartphone. O resultado é que o sistema carrega e responde com muito mais rapidez, conta com recursos mais modernos e inteligentes - o Android Auto melhora, em todos pontos, os erros que as montadoras continuam enviando em interfaces pesadas e nada amigáveis.

Todo o Android Auto roda do smartphone, que só precisa ser plugado na porta USB que o carro já tem para buscar músicas em um pendrive, que ele é inicializado - diferente do CarPlay, da Apple, você precisa baixar o aplicativo de dentro do Google Play e este aplicativo ainda não está disponível na Play Store tupiniquim. Uma vez plugado, a interface é alterada e lembra bastante o que você vê no Google Now. Nela, a primeira tela exibida e que é a do meio (na seleção de telas), você encontra todos os seus cards de compromissos e rotas, que já estão no seu Google Now. Esta mesma interface com o que está no smartphone faz com que a curva de aprendizado seja muito positiva, já que são poucos recursos novos que você precisará aprender ou identificar.

São cinco telas, sendo que a primeira é a tela de navegação e que utiliza apenas o Google Maps para isso. Ainda não há suporte para outros aplicativos de navegação darem as caras por lá, como o Waze e até o Here - este último seria incrível, já que permite baixar mapas e fazer pesquisa em mapas offline sem qualquer conexão com internet. Esta tela do Google Maps é exatamente a mesma tela que você verá se deitar o Maps do smartphone e deixar a orientação alterar o display para a visualização em paisagem. Os botões e ícones são os mesmos e estão no mesmo local - até a voz que vai te guiar é a mesma do Google.

A segunda tela exibe as informações sobre o telefone, com opção para encontrar um contato e ligar para ele. Tudo é feito por toque, ou por comando de voz que pode ser acionado pelo botão no volante (se seu carro tiver um) ou então pelo botão virtual que está no canto superior direito. A tela seguinte é a do Google Now e, depois dela, você encontra outra que corresponde aos aplicativos de música que são compatíveis com o Android Auto e, neste caso, há mais de uma opção. Nela é possível escutar suas músicas armazenadas no smartphone ou então as músicas que estão em algum serviço de streaming, como no Google Play Música, Spotify, TuneIn, Deezer, Pandora e Stitcher - é só tocar no ícone de música e escolher o app que deseja reproduzir a canção.

A última tecla é apenas uma tecla para informações do carro e, quando não há estes dados, ele volta para a interface original do veículo - onde, por exemplo, você pode sintonizar uma estação de rádio local e fazer tudo que seu carro já faz sem a necessidade de qualquer Android. É possível até escolher a rádio e depois abrir o Android Auto, para que a estação continue tocando mesmo com o sistema do Google por cima, que só é pausado quando alguém te liga, quando você recebe ou envia uma mensagem e quando escolhe um app do Android para escutar música.

É prático?

Você pode achar que a quantidade de aplicativos que podem rodar no Android Auto é pequena, mas lembre-se que você está em um carro e não é nada seguro ficar jogando Candy Crush com a tela do console, ou assistir um vídeo do YouTube e até do Netflix. Como a atenção do motorista precisa estar na rodovia, o sistema apenas exibe algo que pode ajudar e entreter, sem atrapalhar. Todas as mensagens, que podem ser do app de mensagens ou até de terceiros como Telegram, Messenger, ICQ e Skype, são lidas pelo Android Auto e nada é exibido na tela (novamente: a atenção do motorista precisa estar na rodovia e não na tela do console). As respostas para estas mensagens também só podem ser escritas por comando de voz e nada de teclado. Ah, falando em teclado, a única forma de utilizar um teclado é estacionando o carro e abrindo a busca de endereço do Google Maps - se você está dirigindo e quer traçar a rota para a cidade vizinha, ou para a casa do seu namorado, só pode fazer isso com o comando de voz - que funciona muito bem, por sinal.

Além disso, o comando de voz ainda permite as questões que você já faz com o Google Now, como perguntar se vai chover amanhã, ou quais são seus compromissos para a tarde de hoje. Ele responde da mesma forma, mas não exibe informações na tela.

Gostei de poder escolher o aplicativo que quero enviar a mensagem (precisei apenas falar "enviar mensagem pelo Telegram", para o Android Auto entender que a mensagem não deveria ser enviada pelo Hangouts, Skype ou por qualquer outro app de mensagens que não o Telegram), mas senti falta de poder escolher o aplicativo de mapas que eu quero utilizar. O Waze tem informações de trânsito que o Google Maps não tem, além de ser atualizado com estes dados com mais velocidade. O Here pode baixar tudo e deixar o acesso do programa sem a necessidade de qualquer conexão com a internet.

O smartphone fica inutilizável enquanto está com o Android Auto rodando e a tela fica preta, com o nome do programa exibido (pode desligar a tela, se quiser). Isso significa que se você quiser abrir uma foto e mostrar para quem está no banco do passageiro, precisa remover o aparelho da porta USB, abrir a foto, mostrar e depois plugar novamente para voltar a utilizar o sistema.

Conclusão

Este sistema embarcado é bem mais inteligente do que qualquer outro criado e utilizado por qualquer empresa de carros - elas montam carros, são boas nisso e apenas nisso. Separar uma interface feita por alguém que já entende muito bem de software, fez tudo aparecer de uma forma bem inteligente e veloz. O Android Auto pode remover (se você não escuta rádio FM, ou AM) tudo de ruim que está na interface, mas ainda não permite que apps terceiros de mapas apareçam - é questão de tempo para o Google liberar isso, como fez com as músicas que podem vir de outros apps que não o Play Música, como o Spotify e TuneIn.

A chegada de um carro que custa bem menos do que R$ 100 mil e que já vem com um sistema que permite rodar o Android Auto, é boa notícia. O Fox Track 2016 é vendido, nesta versão, por algo perto dos R$ 46 mil e a tela com o Android Auto custa extra e faz tudo ficar nos R$ 50 mil. Ainda é caro, mas está menos caro do que foi no ano passado.

E, sim, é um investimento muito melhor do que qualquer aparelho de GPS que você pensar em comprar. Sim, o Android Auto vale muito a pena e, hoje, é muito mais avançado e com mais recursos do que o CarPlay da Apple (que você pode ler minha resenha sobre o sistema da Apple, clicando aqui) e que também pode funcionar neste carro. Ah, você precisa de um smartphone com o Android 5.0 ou superior, para ter o Android Auto funcionando - nos testes, utilizamos um Galaxy S6 e também o Nexus 5.

Texto por André Fogaça (andre@tudocelular.com)


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