05 Maio 2017
Familiares de vítimas do massacre de Orlando, ocorrido em 12 de junho, estão processando Facebook, Twitter e YouTube por darem “suporte” ao Estado Islâmico. A acusação defende que as redes “fornecem ao grupo terrorista do EI contas usadas para espalhar propaganda extremista, arrecadar fundos e recrutar pessoas”.
Apesar de não ter sido encontrada nenhuma ligação real do atirador Omar Mateen com o Estado Islâmico, testemunhas do massacre disseram tê-lo ouvido declarar lealdade ao grupo extremista durante o tiroteio. Mesmo assim, o advogado no caso, Kevin Altman, acredita que o grupo influenciou as ações do atirador.
Mateen foi influenciado pelo Estado Islâmico, que utilizou as ferramentas dos acusados para este propósito.
Nos Estados Unidos, as empresas donas de redes sociais se protegem pela Lei de Decência em Comunicações (CDA, na sigla em inglês) para não serem responsabilizadas pelo conteúdo postado por seus usuários na rede.
Juízes americanos já arquivaram outros casos parecidos com esse dos familiares de vítimas do massacre em Orlando. Como justificativa, citaram justamente a CDA.
Já na Europa, onde a Alemanha começa a fechar o cerco contra o discurso de ódio nas redes sociais, há um acordo para tentar barrar o extremismo e o discurso de ódio online. E é o que pretendem essas famílias de Orlando com o processo contra Facebook, Twitter e YouTube.
Gostaria que tivéssemos uma lei posta em prática – declarou Juan Guerrero, que perdeu o filho no massacre, à Fox News. - Eles precisam fazer algo pra evitar as pessoas de fazerem esse tipo de coisa.
Curiosamente, no começo deste mês, as redes sociais, juntamente à Microsoft, anunciaram uma união de forças para tentar combater o terrorismo online, incluindo o compartilhamento de notícias falsas e conteúdo discriminatório.
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