A Alcatel anunciou na MWC 2016 o Idol 4, um smartphone intermediário que mescla hardware suficiente para os mais variados tipos de tarefas a um design premium e diferenciais para consumo multimídia. Buscando aumentar sua participação em solo brasileiro, a empresa trouxe o dispositivo para o comércio tupiniquim em agosto, sendo cobrado o valor de R$ 1.699 pelo aparelho e uma caixa repleta de acessórios.

Após realizarmos um rápido unboxing, onde tiramos também nossas primeiras impressões com o dispositivo, realizamos um completo teste de bateria, incluindo diversos experimentos específicos e um live blog onde executamos os mais variados aplicativos e serviços. Como vimos, autonomia não é exatamente o maior ponto positivo do Idol 4, porém vamos ver agora se ao menos seu desempenho compensa a bateria com duração abaixo da média.

O Idol 4 traz um conjunto razoável de especificações técnicas, incluindo uma tela IPS LCD de 5,2 polegadas com resolução Full HD, chipset Qualcom Snapdragon 617 com oito núcleos a até 1,5 GHz e GPU Adreno 405. Ele conta ainda com 3 GB de RAM e 16 GB de espaço para o armazenamento interno, que pode ser expandido via cartão microSD de até 200 GB.

Será que este conjunto é realmente suficiente para prover um bom desempenho? É o que descobriremos agora!.

O nosso primeiro teste consiste em medir quanto tempo o Idol 4 leva para abrir uma dúzia de apps. Na lista selecionada temos os apps de Câmera, Galeria e Configurações enquanto outros foram baixados, como Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Asphalt 8.

A abertura foi realizada exatamente nesta ordem, contando o tempo a partir do momento em que o cronômetro foi iniciado e sendo feita uma marcação ao final do primeiro ciclo para vermos se a segunda etapa seria executada mais rapidamente, pois todos os apps e jogos teoricamente já estariam armazenados na RAM.

O Idol 4 não começou tão bem assim no teste, terminando a primeira etapa com 1 minuto e 53 segundos por demorar um pouco para abrir os jogos, demonstrando assim que sua GPU não é exatamente a mais indicada para um modelo com tela Full HD. Ele, contudo, conseguiu se recuperar com maestria na segunda etapa, precisando de apenas 33 segundos para reabrir todos os apps sem precisar recarregar nenhum deles.

Devido a isso, ele conseguiu concluir nosso teste em 2 minutos e 26 segundos, o que é uma marca bastante razoável e que coloca o aparelho em pé de igualdade com outros rivais no segmento como o caso do Lenovo Vibe K6 Plus.

Passando para os testes teóricos, começamos pelo conhecido e sempre procurado AnTuTu, onde o Idol 4 apresentou a boa marca de 45.933 pontos. Ainda que não tenha sido uma exímia pontuação, o dispositivo conseguiu superar rivais como Moto G4, ZenFone 3 Max e Vibe K6 Plus, demonstrando que ao menos em "força bruta" ele se sai relativamente bem.

A situação é mais ou menos a mesma no GeekBench, onde o Idol 4 apresentou uma pontuação razoável tanto no teste de CPU quanto no de GPU, mas nada que o coloque muito acima de modelos com o Snapdragon 430, por exemplo. Como pode ser visto acima, no single core ele marcou 694 pontos, enquanto no teste com todos os núcleos ativos tivemos 2.062 pontos.

No teste de GPU da ferramenta, tivemos 1.718 pontos, sendo esta uma pontuação similar ao que tivemos com outros modelos intermediários e que não chega a preocupar em relação ao desempenho em jogos e outras aplicações gráficas.

No 3D Mark, foi utilizado o teste Sling Shot Extreme, onde várias imagens são renderizadas em um curto período de tempo para ver como o aparelho se sai. Por aqui, tivemos a boa taxa de 383 pontos, que coloca o Idol 4 como uma boa opção em termos de desempenho gráfico.

No GFX Bench, curiosamente tivemos duas taxas distintas no teste Manhattan, mesmo com o Idol 4 possuindo um display Full HD. Isto indica que quando o segundo teste começou a ser realizado o aparelho já estava consideravelmente quente, e por isso seu desempenho foi reduzido para evitar danos aos componentes internos.

Por aqui, tivemos 6,6 e 6,2 fps no Manhattan e 16 fps no T-Rex, não sendo exatamente uma taxa tão satisfatória assim mas ficando na mesma faixa de outros modelos intermediários lançados com o Snapdragon 617.

Por último, no desempenho em jogos, foi utilizado o nosso fiel escudeiro Game Bench para medir a taxa média de quadros por segundo apresentada no aparelho. Começando pelo Asphalt 8, tivemos a mediana taxa de 23 fps, algo que é abaixo ao que foi encontrado em modelos mais baratos e que ilustra bem o trabalho da Adreno 405 para lidar com um painel Full HD.

Passando para o Modern Combat 5, foi marcada uma média ligeiramente superior, com 24 fps, algo que não chega a atrapalhar a jogatina mas pode não agradar quem busca por algo mais fluido.Finalizando, temos o Subway Surfers como representante dos títulos mais básicos, sendo ele executado com razoáveis 47 fps, o que pode não ser uma média tão satisfatória quanto em outros dispositivos mas deve satisfazer usuários não tão exigentes.

Vale notar que no caso do Asphalt 8 e do Modern Combat 5 é possível reduzir um pouco a qualidade gráfica para conseguir algo mais fluido, já que ambos foram executados com todas as texturas ativas e sua qualidade no máximo.

E você, o que achou do Alcatel Idol 4? Conta pra gente aí embaixo! Mais testes com o aparelho serão publicados no decorrer dos próximos dias, então caso esteja interessado é bom ficar de olho no TudoCelular.com e também em nosso canal no YouTube.